Anticoncepcionais Orais

Anticoncepcionais Orais e Risco de Tromboembolismo

Os anticoncepcionais orais, populares por sua eficácia no controle da natalidade, merecem uma análise minuciosa, especialmente no que diz respeito ao risco de tromboembolismo venoso (TEV). Este risco está intrinsecamente ligado à complexa composição hormonal desses contraceptivos.

Anticoncepcionais Orais

Anticoncepcionais Orais e Coagulação:

A presença de estrogênio e progestinas nos anticoncepcionais orais é fundamental para inibir a ovulação, contudo, esses hormônios não estão isentos de efeitos colaterais. O estrogênio, por exemplo, pode aumentar a produção de fatores de coagulação no fígado e influenciar a hemostasia através de mecanismos complexos, predispondo à formação de coágulos.

Anticoncepcionais Orais e outros Fatores de Risco

Além da idade, tabagismo, histórico familiar e obesidade, outros fatores influenciam o risco de TEV. Condições médicas preexistentes, como trombofilias hereditárias, aumentam significativamente a propensão a coágulos sanguíneos. A presença de varizes e a imobilidade prolongada, especialmente em viagens longas, também se correlacionam com um risco elevado.

O tabagismo, por exemplo, ao prejudicar a parede dos vasos sanguíneos, proporciona um ambiente propício para a formação de coágulos. Histórico familiar pode indicar predisposição genética a distúrbios de coagulação, enquanto a obesidade não apenas aumenta a produção de substâncias inflamatórias, mas também exerce pressão adicional sobre os vasos.

Sinais Precoces e Diagnóstico:

Reconhecer os sinais precoces de TEV, como dor e inchaço nas pernas, é crucial. O diagnóstico envolve exames de imagem, como ultrassonografia para detectar trombose venosa profunda e angiografia pulmonar para embolia pulmonar.

Prevenção e Abordagem Personalizada:

Uma abordagem preventiva começa com uma avaliação cuidadosa antes da prescrição de anticoncepcionais orais. A seleção deve ser altamente individualizada, levando em consideração o perfil de risco de cada paciente. Em situações de maior risco, considerar alternativas contraceptivas é uma prática prudente.

A relação entre anticoncepcionais orais e risco de TEV é complexa e multifacetada. Compreender os mecanismos pelos quais esses contraceptivos afetam a hemostasia, juntamente com uma avaliação abrangente dos fatores de risco, é imperativo para garantir decisões e cuidados de saúde personalizados.

Referências:

PADOVAN, FABIANA TAVARES; FREITAS, GEYSE. ANTICONCEPCIONAL ORAL ASSOCIADO AO RISCO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA. Brazilian Journal of Surgery & Clinical Research, v. 9, n. 1, 2014.

OLIVEIRA, J. C. Tromboembolismo Venoso Associado ao uso de Anticoncepcionais Orais Combinados: uma revisão da literatura. no. 33p. Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica–Faculdade de Ciências Farmacêuticas–Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.