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Câncer de Mama: Marcadores Tumorais

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Além disso, o diagnóstico precoce auxilia na melhoria das taxas de morbimortalidade. Portanto, identificar a doença em estágios iniciais é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. 

Neste artigo, exploraremos a importância de alguns marcadores tumorais no diagnóstico do câncer de mama e, também, as várias ferramentas e métodos de diagnóstico disponíveis.  Assim, será possível entender como esses recursos contribuem para uma detecção mais eficiente e assertiva da doença.

Imagem fonte: https://medicinasa.com.br

Marcadores Tumorais no Câncer de Mama

Células normais do nosso organismo e células de um tumor produzem os marcadores tumorais. As próprias células cancerosas ou o sistema imunológico geram essas substâncias em reação à formação do tumor.

Dessa forma, podem aparecer em quantidades superiores aos valores normais quando há um câncer em progressão. As células tumorais geram esses marcadores em maior quantidade. Por esse motivo, encontramos esses marcadores em amostras biológicas de pacientes oncológicos. Essas macromoléculas atuam como sinais de células que exibem características associadas a tumores.

Importantes Marcadores Tumorais

No contexto do câncer de mama, alguns dos marcadores tumorais mais relevantes incluem:

Antígeno Carcinoembrionário (CEA): Esse antígeno é detectado no sangue periférico e, embora o CEA seja mais frequentemente associado ao câncer colorretal, seus níveis podem estar elevados em casos avançados de câncer de mama metastático. Assim, ele pode ser útil para monitorar a progressão da doença.

CA 15.3: Essa proteína está presente no soro sanguíneo de pacientes com câncer de mama e está associada à detecção da proteína MUC1 (mucina epitelial polimórfica). O objetivo dessa dosagem é avaliar a presença de metástase, mesmo quando ela não apresenta sintomas evidentes da doença. Dessa forma, torna-se uma ferramenta importante no acompanhamento clínico de pacientes com câncer de mama.

CA 27.29: O organismo produz esse antígeno composto por carboidrato, e os profissionais devem sempre avaliá-lo em conjunto com outros marcadores. Em 80% dos casos, os cânceres de mama apresentam níveis elevados de CA 27.29, possibilitando, assim, o diagnóstico precoce e a detecção de recidivas em pacientes em acompanhamento.

Receptor de Estrogênio (ER), Receptor de Progesterona (PR) e HER2: Embora não sejam tradicionalmente considerados marcadores tumorais, a avaliação dos receptores hormonais (ER e PR) e do receptor HER2 é essencial na determinação do subtipo do câncer de mama e no direcionamento do tratamento. Com isso, essas análises ajudam a personalizar a terapia, aumentando as chances de eficácia do tratamento.

Imagem fonte: https://biocheckup.med.br

Métodos de Diagnóstico do Câncer de Mama

Mamografia: A mamografia é uma ferramenta de triagem eficaz para o câncer de mama. Ela utiliza raios-X para detectar anomalias nas mamas, permitindo identificar possíveis alterações de forma precoce e eficaz.

Ultrassonografia Mamária: A ultrassonografia é frequentemente usada para complementar a mamografia, especialmente em pacientes jovens ou quando se precisa avaliar áreas suspeitas com mais precisão. Dessa forma, ela auxilia na identificação de lesões que podem não ser detectadas pela mamografia, especialmente em mamas mais densas.

Ressonância Magnética Mamária: A ressonância magnética é uma ferramenta sensível que pode ser utilizada em casos de alto risco ou quando a mamografia e a ultrassonografia não fornecem informações claras. Assim, ela permite uma análise mais detalhada, ajudando a detectar alterações nas mamas que os outros exames podem não identificar.

Biópsia: A biópsia é o método definitivo para o diagnóstico do câncer de mama. Ela envolve a coleta de uma amostra de tecido para análise patológica, permitindo a confirmação do diagnóstico de maneira precisa. Portanto, a biópsia é um passo crucial após a detecção de anomalias nos exames de imagem.

Biópsia Líquida: A biópsia líquida é uma técnica inovadora que envolve a detecção de material genético do câncer de mama no sangue. Essa técnica pode ser útil na monitorização da resposta ao tratamento e na detecção precoce de recorrência, oferecendo uma abordagem menos invasiva e promissora para o acompanhamento de pacientes com câncer de mama.

Conclusão

Em conclusão, a combinação de métodos de imagem avançados com a avaliação de marcadores tumorais específicos oferece uma abordagem integrada e efetiva para o diagnóstico e monitoramento do câncer de mama. Essa estratégia permite uma visão mais precisa e detalhada da doença, facilitando a definição do tratamento mais adequado e o acompanhamento contínuo do paciente. 

Ademais, a detecção precoce, o acesso a tratamentos específicos e o acompanhamento regular são fundamentais para melhorar as perspectivas de sobrevivência das pacientes, garantindo uma abordagem personalizada e mais eficaz no combate ao câncer de mama.

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Referências:

SANCHES, P. D. Marcadores tumorais: o que são e como identificá-los. Disponível em: <https://nav.dasa.com.br/blog/marcadores-tumorais>. Acesso em: 13 maio. 2025.

BARBOSA, Michael Gabriel Agustinho et al. Alterações citólogicas e marcadores tumoais específicos para o câncer de mama. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 59977-59992, 2020.

EISENBERG, Ana Lucia Amaral; KOIFMAN, Sérgio. Câncer de mama: marcadores tumorais (revisão de literatura). Revista Brasileira de Cancerologia, v. 47, n. 4, p. 377-388, 2001.