Diagrama de Ishikawa

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Análise de Causa e Efeito de Erros 

O controle de qualidade em laboratórios clínicos é essencial para garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados analíticos, impactando diretamente no diagnóstico e tratamento de pacientes. Pode ser visto como um Sistema de Gestão, como Ferramentas da Qualidade, como sinônimo de eficiência. O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais utilizadas para identificar e analisar as causas de problemas no sistema de gestão da qualidade. É conhecido também como diagrama de espinha de peixe.

Diagrama de Ishikawa

Desenvolvido por Kaoru Ishikawa na década de 1960, o Diagrama de Ishikawa é uma representação visual que ajuda a identificar as causas de um problema específico. A estrutura do diagrama se assemelha a uma espinha de peixe, onde o “peixe” representa o problema central, enquanto as “espinhas” correspondem às causas potenciais agrupadas em categorias. São utilizados 6 categorias de causa, chamadas de 6Ms: Matéria prima, Mão de obra, Máquina, Método, Meio Ambiente e Medição:

  1. Matéria Prima: Qualidade e integridade das matérias-primas reagentes, amostras e materiais de referência utilizados nos testes, incluindo sua procedência e armazenagem.
  2. Mão de Obra: Treinamento, experiência e práticas dos profissionais que operam os equipamentos.
  3. Máquinas: Equipamentos analíticos e suas calibrações, manutenções e condições operacionais.
  4. Métodos: Processos analíticos utilizados, protocolos de teste e procedimentos de validação.
  5. Meio Ambiente: Condições ambientais que podem afetar os resultados, como temperatura, umidade e contaminação.
  6. Medição: Métodos de controle de qualidade interno e externo, incluindo auditorias e revisões.

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Identificação do Problema

O primeiro passo na aplicação do Diagrama de Ishikawa é a identificação clara e precisa do problema que se deseja analisar. Por exemplo, uma alta taxa de resultados inconclusivos pode indicar falhas em diversos pontos do processo analítico. Para que a análise seja eficaz, é fundamental que todos os membros da equipe entendam a natureza do problema e sua importância.. Essa clareza permite que todos os envolvidos tenham um entendimento comum e focado, facilitando o desenvolvimento das etapas seguintes.

Construção do Diagrama

Após a definição do problema, o próximo passo é a construção do diagrama. Essa fase envolve a reunião de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais que trabalham diretamente com os processos analíticos, incluindo técnicos de laboratório, bioquímicos e gestores de qualidade. Durante essa sessão, a equipe deve começar a identificar as possíveis causas do problema, que são organizadas em categorias principais (6M)

A discussão colaborativa é um aspecto fundamental nessa etapa. Cada causa identificada é então posicionada nas “espinhas” correspondentes do diagrama, facilitando a visualização das relações entre o problema e suas possíveis origens.

Análise das Causas

Uma vez que o diagrama está construído, a equipe deve proceder à análise das causas identificadas. Essa análise envolve avaliar a relevância e a probabilidade de cada causa contribuir para o problema observado. Essa etapa de priorização é essencial para garantir que os esforços sejam direcionados às causas mais críticas. Esse rigor analítico não só permite identificar as causas principais, mas também ajuda a prever possíveis interações entre elas,garantindo uma abordagem mais eficaz na resolução do problema.

Desenvolvimento de Ações Corretivas

Com a análise das causas em mãos, a equipe pode desenvolver um plano de ação corretiva. Isso pode incluir a implementação de treinamento adicional para os funcionários, a revisão de protocolos operacionais, a manutenção preventiva de equipamentos e a atualização de materiais de referência, entre outros. Por exemplo, se a análise indicar que a falta de treinamento dos técnicos é uma causa significativa dos resultados inconclusivos, um programa de capacitação específico deve ser elaborado e implementado.

Monitoramento e Avaliação

Após a implementação das ações corretivas, o monitoramento contínuo é crucial para avaliar a eficácia das mudanças. O laboratório deve estabelecer indicadores de desempenho que permitam acompanhar a taxa de resultados inconclusivos ao longo do tempo. Revisitar o Diagrama de Ishikawa periodicamente para verificar se novos problemas surgiram ou se as causas foram adequadamente abordadas é uma prática recomendada. Essa abordagem cíclica garante que o laboratório esteja sempre em processo de melhoria contínua, adaptando-se às mudanças nas demandas e nas tecnologias.

Em conclusão, a aplicação do Diagrama de Ishikawa oferece múltiplos benefícios no controle de qualidade em laboratórios clínicos. Primeiro, sua estrutura visual proporciona uma representação clara das relações entre o problema e suas causas, facilitando a compreensão de todos os envolvidos. Essa visualização é essencial em ambientes onde as interações são complexas e multifatoriais.

Além disso, o processo de construção do diagrama promove uma cultura de colaboração entre os membros da equipe. A troca de ideias durante a identificação das causas pode revelar perspectivas valiosas que contribuam para a solução do problema. Esse envolvimento da equipe aumenta o comprometimento com as ações corretivas e a qualidade dos processos.

Por fim, ao focar na identificação das causas raízes, o Diagrama de Ishikawa permite que o laboratório implemente medidas preventivas eficazes, reduzindo a recorrência de problemas e aumentando a confiabilidade dos resultados analíticos. 

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Referências

CARLESSO, Franciele; TAVARES, Rejane Giacomelli. Diagrama de Ishikawa e 5W2H como ferramentas de gestão da qualidade em laboratórios de análises clínicas. Rev. bras. anal. clin, p. 74-79, 2014.

SILVA, Isabela Moreira; CASAGRANDE, Diego José. A utilização das ferramentas da qualidade diagrama de Ishikawa e FMEA-análise de modos e efeitos de falhas nas empresas. Revista Interface Tecnológica, v. 19, n. 2, p. 961-973, 2022.