Eosinopenia No Hemograma: Entendendo o Contexto Clínico

A eosinopenia no hemograma é caracterizada pela redução nos níveis de eosinófilos em comparação aos valores esperados para indivíduos saudáveis da mesma faixa etária.

Geralmente, essa condição não é identificada em exames de sangue de rotina, pois não é detectável na contagem diferencial convencional de 100 leucócitos.  Isso se deve ao fato de que os eosinófilos representam apenas uma pequena fração dos leucócitos, de modo que os valores de referência frequentemente incluem o zero.

Contextos Clínicos da Eosinopenia no Hemograma

Com a introdução das contagens diferenciais automatizadas, tornou-se possível identificar a eosinopenia com maior frequência. Apesar disso, sua detecção costuma ter pouca relevância clínica, uma vez que se trata de uma anormalidade inespecífica e comum.

A eosinopenia pode estar presente em uma ampla variedade de condições clínicas. Frequentemente, observam-se situações de estresse agudo, como trauma, cirurgia, queimaduras e convulsões epileptiformes. Além disso, pode ocorrer em infecções e inflamações agudas, infarto do miocárdio, anoxia, exposição ao frio, Síndrome de Cushing e Síndrome de Down. 

Ademais, também é possível encontrá-la durante o procedimento de hemodiálise e em indivíduos portadores do vírus linfotrópico humano tipo 1 (HTLV-1). De maneira fisiológica, a eosinopenia, por sua vez, pode surgir durante a gestação e o trabalho de parto. Por outro lado, existem causas mais raras associadas à eosinopenia, como o timoma, a aplasia eosinofílica pura e a aparente destruição autoimune de eosinófilos e basófilos.

Fatores Farmacológicos e Alérgicos Associados à Eosinopenia

É importante destacar, portanto, que, em determinadas reações alérgicas agudas, como na anafilaxia, a eosinopenia pode, assim, integrar a resposta inflamatória sistêmica. Adicionalmente, o uso de certos medicamentos — entre eles corticoides, ACTH, adrenalina, beta-agonistas, histamina e aminofilina — também pode levar à redução da contagem de eosinófilos. Como já mencionado, a eosinopenia é considerada um achado inespecífico. Por isso, o diagnóstico exige uma avaliação médica criteriosa, que deve incluir o histórico clínico do paciente, exame físico detalhado e, quando indicado, a realização de exames complementares.

Recomendações ao Tratamento da Eosinopenia no Hemograma

O tratamento da eosinopenia baseia-se na identificação e manejo da causa subjacente. Em muitos casos, isso pode envolver o controle de infecções, a suspensão ou ajuste de medicamentos relacionados, ou ainda o tratamento de doenças autoimunes com o uso de imunossupressores, entre outras condições relevantes. Quando, por exemplo, associada a reações alérgicas graves, como a anafilaxia, pode ser necessária, portanto, uma intervenção de emergência, que inclui a administração de epinefrina e outros medicamentos voltados à estabilização da resposta imune.

Conclusão

Cabe ressaltar, portanto, que o tratamento da eosinopenia deve ser individualizado, sempre considerando a condição clínica específica de cada paciente. Além disso, como essa alteração hematológica está frequentemente associada a causas variadas, é fundamental contar com a orientação de um profissional de saúde.

Somente uma avaliação médica detalhada, portanto, pode garantir o diagnóstico preciso e, assim, a definição de um plano terapêutico eficaz. Por isso, diante de alterações nos níveis de eosinófilos, especialmente quando acompanhadas de sintomas, procurar atendimento especializado é indispensável para uma conduta segura e adequada.

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Referências:

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ANTÔNIO, M., et al. Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas. 1ª. ed. 2015.