HEMOGLOBINA RETICULOCITÁRIA

HEMOGLOBINA RETICULOCITÁRIA – Ret-He

A hemoglobina reticulocitária (Ret-He) é um parâmetro laboratorial emergente que vem ganhando destaque na prática clínica e na investigação de anemias. É uma medida da quantidade de hemoglobina contida nos reticulócitos. Este parâmetro fornece informações sobre a capacidade dos reticulócitos de transportar oxigênio e pode refletir a qualidade do fornecimento de ferro para a produção de hemoglobina.

HEMOGLOBINA RETICULOCITÁRIA

Os reticulócitos representam os eritrócitos imaturos no estágio final de diferenciação. Eles se originam dos eritroblastos ortocromáticos após a ejeção do núcleo e amadurecem gradualmente, 3 dias na medula óssea e 1 dia no sangue periférico, com redução gradual na quantidade de RNA ribossomal e proteínas. Atualmente, sua contagem é realizada com contadores hematológicos de última geração. 

Além de contar com maior precisão, exatidão e reprodutibilidade do que o método tradicional, eles fornecem os índices reticulocitários (IR), entre os quais se encontram a fração de reticulócitos imaturos (FRI) e o conteúdo de hemoglobina reticulocitária (Ret-He). Sua determinação em diferentes analisadores se baseia nos mesmos princípios gerais, dispersão de luz e corantes afins ao RNA.

HEMOGLOBINA RETICULOCITÁRIA
Reticulócitos. Fonte: Controllab

Aplicação Clínica

Diferentemente de outros marcadores de ferro, como a ferritina e a saturação de transferrina, o RET-He oferece uma medida direta e menos influenciada por inflamações e outras condições clínicas.

A principal função do RET-He é auxiliar na diferenciação entre tipos de anemia e na avaliação da resposta do organismo a tratamentos. A medida da hemoglobina dos reticulócitos é especialmente útil em contextos onde outros parâmetros hematológicos podem ser insuficientes ou não fornecer uma visão completa do status do ferro do paciente.

O RET-He é um marcador sensível para distinguir a anemia ferropriva da anemia por doença crônica. Em pacientes com anemia ferropriva, os reticulócitos geralmente apresentam níveis mais baixos de hemoglobina devido à deficiência de ferro, o que é refletido por um RET-He reduzido. Por outro lado, em anemias por doença crônica, o RET-He tende a ser relativamente normal ou levemente reduzido, pois o ferro está presente, mas não está disponível para a síntese de hemoglobina devido a um bloqueio na absorção ou utilização.

Em conclusão, o Ret-He emerge como uma ferramenta crucial na prática clínica diária, auxiliando no diagnóstico diferencial de anemias e no monitoramento de pacientes com condições complexas como a doença renal crônica. Sua implementação pode melhorar a precisão diagnóstica e a eficácia do tratamento, especialmente em cenários onde a deficiência de ferro desempenha um papel central. 

Contudo, deve ser sempre utilizado como uma ferramenta auxiliar, complementar aos parâmetros ferrocinéticos que constituem as provas confirmatórias de deficiência de ferro. Sua implementação na práticDa diária, a partir do hemograma e antes de outros parâmetros do perfil de ferro, pode ser útil, pois fornece informações rápidas sobre as reservas de ferro e a hemoglobinização nas últimas 48-72 horas.

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Referências:

FIORENTINI, Lorena et al. Considerações para o uso do equivalente de hemoglobina de reticulócitos na prática diária. Revista Hematologia , v. 24, não. 1 pág. 40-48, 2020.

Hematologia: o parâmetro clínico avançado RET-He no diagnóstico diferencial de anemias e monitoramento de pacientes renais crônicos.” Labnetwork. 2024 Disponível em: labnetwork.com.br.