HIPERAMILASEMIA
A amilase, uma enzima da classe das hidrolases, desempenha um papel essencial na digestão de carboidratos, atuando na quebra do amido e glicogênio em açúcares simples, como maltose e isomaltose. Esse processo ocorre pela hidrólise das ligações α-1→4 presentes na amilose, amilopectina e glicogênio, tornando a enzima indispensável no processo digestivo.
A amilase sérica é produzida principalmente pelas glândulas salivares e pelo pâncreas, em suas formas S e P, respectivamente. Além disso, a enzima apresenta uma característica singular: sua fácil filtragem pelos glomérulos renais, o que a torna detectável também na urina.
Embora essa enzima seja amplamente conhecida por sua ação no sistema digestivo, ela também pode estar presente em diversos outros tecidos e fluidos corporais, como no sêmen, suor, leite e até nos pulmões.
Alterações em seus níveis séricos podem sinalizar condições clínicas relevantes, como pancreatite, tumores ou insuficiência renal, ressaltando sua importância como marcador laboratorial.
HIPERAMILASEMIA:
A hiperamilasemia refere-se ao aumento anormal dos níveis de amilase no sangue, esse achado pode ser resultado de diversas condições clínicas. Dentre as principais causas estão:
- Pancreatite aguda:
A pancreatite aguda é uma inflamação do pâncreas caracterizada por edema, hemorragias e, em alguns casos, necrose. Os níveis da amilase forma P começam a se elevar de 5 a 8 horas após o início da dor abdominal, que geralmente é constante, intensa e localizada na região epigástrica, com irradiação para as costas. Os valores da amilase sérica, podem atingir de quatro a seis vezes os valores de referência. Além disso, a amilase urinária frequentemente se apresenta aumentada.
Outras condições associadas ao pâncreas que podem causar aumento dos níveis de amilase incluem pseudocistos, lesões traumáticas, cálculo ou carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos pancreáticos e abscessos.
- Hiperamilasemia não pancreática:
Embora a hiperamilasemia seja mais comumente associada a condições no pâncreas, também existem diversas situações não pancreáticas que podem levar ao aumento dos níveis de amilase. Entre elas:
- Insuficiência renal;
- Neoplasias de pulmão, ovário e mama;
- Lesões das glândulas salivares;
- Queimaduras e choques traumáticos;
- Colecistite aguda;
- Cetoacidose diabética;
- Úlcera péptica perfurada;
- Obstrução intestinal.
A compreensão aprofundada das causas e implicações da hiperamilasemia é essencial, pois seu monitoramento, aliado a uma análise criteriosa dos sintomas e exames complementares, permite um diagnóstico mais preciso e um manejo adequado de diversas condições clínicas, reforçando a importância dessa enzima na prática médica e no diagnóstico laboratorial.
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Referências:
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