Índice de Mentzer nas anemias microcíticas
Quando se trata de investigar anemias microcíticas e hipocrômicas no laboratório, é fundamental diferenciá-las corretamente. No entanto, as investigações das causas dessas anemias podem ser dispendiosas para os laboratórios. Para contornar essa questão, propõe-se o uso de índices que direcionam a investigação e auxiliam no diagnóstico. Neste guia, abordaremos detalhadamente o Índice de Mentzer e como ele pode ser uma ferramenta importante para a diferenciação entre anemia ferropriva e talassemia beta maior, otimizando o processo de diagnóstico e reduzindo custos.
Anemias
A anemia é um dos problemas de saúde pública mais comuns, sendo a anemia ferropriva e as talassemias as mais prevalentes. Ambas são classificadas como anemias microcíticas e hipocrômicas, mas requerem abordagens laboratoriais distintas. Nesse contexto, o índice de Mentzer se destaca como uma ferramenta valiosa para a diferenciação, quando combinado com análises do hemograma e exames complementares, permitindo identificar a causa da anemia com maior precisão.
O Índice de Mentzer
Descrito por William C. Mentzer em 1973, o Índice de Mentzer, embora não amplamente utilizado, apresenta relevância na diferenciação entre anemia ferropriva e talassemia beta maior. Através do cálculo simples, com os parâmetros do hemograma, como o volume corpuscular médio (VCM) e a contagem de eritrócitos (CE), é possível obter informações cruciais para o diagnóstico diferencial.
Como calcular e interpretar o Índice de Mentzer
O cálculo do Índice de Mentzer se dá pela seguinte fórmula: VCM / Hemácias. Resultados iguais ou superiores a 13 sugerem anemia ferropriva, enquanto valores inferiores a 13 indicam talassemia beta maior.
Entendendo o valor de corte:
Na anemia ferropriva, observa-se a redução tanto do VCM quanto da contagem de eritrócitos, resultando em um índice acima do valor de corte. Em contrapartida, na talassemia, o VCM está diminuído, mas a contagem de eritrócitos permanece normal, o que leva a um índice abaixo do valor de corte.
O uso do Índice de Mentzer é uma valiosa estratégia para o diagnóstico diferencial de anemia ferropriva e talassemia beta maior, com a vantagem adicional de não implicar custos extras para o laboratório. Ao suspeitar dessas anemias, considere a aplicação desse índice como parte integrante da avaliação clínica, economizando recursos e garantindo uma abordagem precisa e eficiente.
O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada
Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação.
Um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.
Unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.
Para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino, temos a solução ideal.
Nossa metodologia combina teoria e prática da rotina laboratorial, garantindo um aprendizado efetivo.
Contamos com um corpo docente altamente qualificado, com os melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação.
No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.
Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.
QUERO CONHECER TODOS OS DETALHES DA PÓS-GRADUAÇÃO
Referências
Referências
URRECHAGA, E. Red blood cell microcytosis and hypochromia in the differential diagnosis of iron deficiency and β‐thalassaemia trait. International Journal of Laboratory Hematology, v. 31, n. 5, p. 528-534, 2009.
MONIZ, Clara Botelho. Utilidade dos índices de Mentzer, England and Fraser e% GRmicrocíticos/% GRhipocrómicos na avaliação laboratorial das anemias microcíticas. Acta Farmacêutica Portuguesa, v. 5, n. 1, p. 68-74, 2016.
MONIZ, Clara Botelho. Utilidade dos índices de Mentzer, England and Fraser e% GRmicrocíticos/% GRhipocrómicos na avaliação laboratorial das anemias microcíticas. Acta Farmacêutica Portuguesa, v. 5, n. 1, p. 68-74, 2016.