METAPNEUMOVÍRUS HUMANO (HMPV)
Recentemente, os metapneumovírus entraram em evidência devido a um aumento de casos na China, reacendendo a preocupação global sobre sua relevância para a saúde pública. Neste artigo, vamos explorar as principais características desses vírus, suas formas de transmissão, manifestações clínicas e os desafios associados ao seu diagnóstico e tratamento.
Os metapneumovírus são microrganismos de grande importância para a saúde humana e animal, sendo caracterizados como vírus envelopados, de RNA de fita simples, não segmentado e de sentido negativo.
Pertencentes à ordem Mononegavirales e à família Pneumoviridae, esses vírus incluem duas espécies principais: o metapneumovírus aviário e o metapneumovírus humano (hMPV).
Embora apresentem algumas semelhanças genéticas e estruturais com o vírus sincicial respiratório humano (hRSV), incluindo a organização genômica e a função das glicoproteínas de ligação e fusão, cada espécie tem características distintas.
HISTÓRICO DO HMPV:
O metapneumovírus humano foi identificado pela primeira vez em 2001 e tem sido reconhecido como um importante causador de infecções do trato respiratório superior e inferior, especialmente em crianças, idosos e indivíduos imunocomprometidos.Sua incidência é variável, apresentando picos sazonais em diferentes regiões.
Já o metapneumovírus aviário, identificado inicialmente em perus na África do Sul, possui impacto significativo na avicultura. Ele é responsável por altas taxas de morbidade em aves, causando infecções respiratórias severas e comprometendo a produtividade reprodutiva, especialmente em perus, galinhas e patos. Esses efeitos têm repercussões econômicas globais, destacando a necessidade de estratégias de manejo e controle eficazes para mitigar os prejuízos associados à sua disseminação.
EPIDEMIOLOGIA:
O metapneumovírus humano apresenta uma distribuição geográfica global, sendo identificado em quase todos os continentes e exibindo um padrão sazonal semelhante à de outros vírus respiratórios, com picos geralmente após os períodos de maior incidência do Vírus sincicial respiratório e influenza.
As infecções costumam ser mais graves em lactentes, crianças pequenas, idosos e pessoas com condições crônicas subjacentes, como asma, enfisema e imunossupressão.
Estudos globais indicam que o HMPV está associado a 6% a 40% das doenças respiratórias agudas em crianças hospitalizadas e ambulatoriais.
Embora esse vírus tenha sido identificado em humanos apenas em 2001, análises filogenéticas mostram que ele existe há aproximadamente 50 anos. Logo após sua descoberta, tornou-se evidente a existência de duas linhagens, A e B.
Mesmo que os subgrupos genéticos do HMPV possam variar em circulação ao longo do ano, essas diferenças não têm sido consistentemente associadas à gravidade da doença, e todas as linhagens têm o potencial de causar infecções graves.
SINTOMATOLOGIA:
O HMPV causa desde quadros leves, como resfriados, até complicações graves com risco de vida.
Em adultos, os sinais mais comuns incluem coriza, tosse seca, dor de garganta e, em casos mais raros, chiado no peito. Já em crianças, além desses sintomas, podem surgir dificuldade para respirar e maior comprometimento do trato respiratório inferior. Grupos vulneráveis, como crianças menores de 5 anos e idosos, têm maior risco de apresentar complicações mais severas.
Os casos mais graves de HMPV incluem bronquiolite, pneumonia, exacerbação de asma e DPOC, com sintomas como dispneia, taquipneia, sibilos, retrações torácicas e hipoxemia. Em crianças, a bronquiolite é a apresentação mais comum.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico do HMPV combina avaliação clínica e testes laboratoriais, sendo o RT-PCR o método mais sensível e específico para identificar o material genético viral em secreções nasofaríngeas. Métodos como imunofluorescência e EIA oferecem resultados rápidos, mas com menor sensibilidade. A confirmação laboratorial é fundamental para diferenciar o HMPV de outros vírus respiratórios, especialmente em casos graves ou populações de risco.
TRATAMENTO DO METAPNEUMOVÍRUS HUMANO:
Atualmente, não existe um tratamento específico para infecções causadas por esse vírus. O manejo da doença é baseado em cuidados de suporte para aliviar os sintomas e minimizar complicações, casos graves podem levar a hospitalização.
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