Hemograma na Mononucleose Infecciosa

A mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como “doença do beijo”, é uma infecção viral causada pelo vírus Epstein-Barr, que, por sua vez, afeta predominantemente os linfócitos B e as células epiteliais da garganta. Além disso, essa condição pode levar a diversos sintomas, como febre e dor de garganta. Portanto, entender sua causa e o impacto no sistema imunológico é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados.

Geralmente, essa doença acomete principalmente indivíduos entre 15 e 25 anos, particularmente durante períodos festivos, como o carnaval. No entanto, ela também pode afetar crianças. Neste contexto, é importante explorar as alterações detectadas no hemograma de pessoas suspeitas e diagnosticadas com mononucleose.

COMO A MONONUCLEOSE É TRANSMITIDA?

A mononucleose é uma doença infecciosa que as pessoas podem contrair principalmente por meio do contato com a saliva, sendo o beijo a forma mais comum de transmissão. Embora o beijo seja a forma mais frequente de contágio, estudos indicam que existe uma possibilidade rara de contrair a mononucleose por meio de transfusões sanguíneas e relações sexuais.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA MONONUCLEOSE?

O vírus Epstein-Barr infecta os linfócitos B e as células epiteliais da orofaringe e nasofaringe, resultando em sintomas como dor de garganta, febre, aumento do baço, faringite, hepatite e aumento dos gânglios linfáticos. É importante ressaltar que, em alguns casos, a doença pode ser assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Imagem fonte: https://www.grupomedcof.com.br

QUAIS ALTERAÇÕES SÃO ENCONTRADAS NO HEMOGRAMA DA MONONUCLEOSE?

O hemograma de pacientes com mononucleose geralmente revela leucocitose, com um aumento na quantidade de linfócitos (>50%). Ademais, mais de 10% desses linfócitos podem ser linfócitos reativos. 

Além disso, é possível encontrar quadros de neutrofilia e neutropenia, com presença de granulações grosseiras, corpos de Döhle e desvio à esquerda. Em alguns casos, pode ocorrer plaquetopenia. Embora rara, a anemia também pode ser identificada no eritrograma.

MORFOLOGIAS PRESENTES NO HEMOGRAMA DA MONONUCLEOSE

A presença de linfócitos reativos no esfregaço sanguíneo é uma característica marcante da mononucleose. Esses linfócitos reativos são maiores do que o normal, apresentando citoplasma pleomórfico, cromatina heterogênea e, em alguns casos, nucléolos visíveis.

Figura 1: Linfócitos reativos da mononucleose

A presença de linfócitos reativos ocorre devido à ativação dos linfócitos T, que combatem os linfócitos B infectados pelo vírus Epstein-Barr. Além disso, é possível observar linfócitos T-citotóxicos, que destroem os linfócitos B infectados, resultando em uma quantidade significativa de células apoptóticas no esfregaço sanguíneo.

Outras alterações incluem a vacuolização, linfócitos granulares bem como plasmócitos. As hemácias podem apresentar aglutinação, policromasia e esferócitos no esfregaço sanguíneo.

Figura 2: Linfócito reativo à esquerda e plasmócito à direita

CONCLUSÃO

O hemograma desempenha um papel central no diagnóstico da mononucleose. Os resultados obtidos, combinados com os sintomas, histórico clínico e sinais e sintomas atuais do paciente, auxiliam na identificação correta da doença e no fornecimento do tratamento mais adequado para cada caso. 

No entanto, vale lembrar que o hemograma apenas indica a hipótese, pois são os testes sorológicos e imunológicos que fornecem o diagnóstico definitivo.

O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada

Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação.

Um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.

Unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino, temos a solução ideal.

Nossa metodologia combina teoria e prática da rotina laboratorial, garantindo um aprendizado efetivo.

Contamos com um corpo docente altamente qualificado, com os melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação.

No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.

Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.

Referências:


DE OLIVEIRA, Juliana Linhares et al. O vírus Epstein-Barr e a mononucleose infecciosa. Rev Bras Clin Med. São Paulo, v. 10, n. 6, p. 535-43, 2012.

Pachêco, B. de L. . (2021). CONDUTA DIAGNÓSTICA DA MONONUCLEOSE INFECCIOSA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 06. https://doi.org/10.51161/rems/2144