SAÚDE ÓSSEA: VITAMINA D E O COMBATE À OSTEOMALÁCIA
A osteomalácia trata-se de um distúrbio ósseo caracterizado pela mineralização inadequada dos ossos. Esse tipo de falha torna os ossos mais frágeis e aumenta o risco de fissuras ou fraturas espontâneas. É uma doença que acomete adultos e crianças, embora haja disparidades em cada um dos casos.
A principal origem do distúrbio está na baixa concentração de cálcio e fósforo extracelular, a qual, está frequentemente associada a defeitos nos processos de absorção desses minerais, especialmente por deficiência de vitamina D.
Sendo assim, a principal causa da osteomalácia em adultos é observada através da deficiência grave e prolongada da vitamina D, que é pesquisada por intermédio do ensaio de 25-hidroxivitamina (25OHD). De fato, crianças com ingestão insuficiente de vitamina D e cálcio também podem ser afetadas por esse tipo de problema ósseo, entretanto manifestada através de raquitismo.
Obtenção da Vitamina D e Hipovitaminose
A vitamina D é um pró-hormônio essencial à saúde. A vitamina D2 ou ergocalciferol é obtida pela dieta, enquanto a vitamina D3 ou colecalciferol é sintetizada na pele através da radiação ultravioleta B (UVB) quando há exposição solar.
A principal forma circulante é a 25-hidroxivitamina D3, que se converte na forma ativa no organismo. Além de regular o metabolismo do cálcio e do fósforo, fundamental para a saúde óssea, a vitamina D também exerce efeitos sobre o sistema imunitário e possui propriedades anticancerígenas.
A hipovitaminose D (HVD) é, sem dúvida, a etiologia mais comum, levando à hipocalcemia, hipofosfatemia e ao desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário. Atualmente, o número de casos de deficiência de vitamina D tem aumentado globalmente, o que pode ser explicado por fatores como a ingestão inadequada de vitamina D e cálcio, baixa exposição solar, além de doenças ou cirurgias que afetam o processo de absorção intestinal dos nutrientes.
Sintomatologia da osteomalácia:
Mesmo que existam formas genéticas de osteomalácia, estas condições são extremamente raras. Clinicamente, os sintomas podem não obedecer um padrão e variar a sua expressão em cada paciente: alguns podem permanecer assintomáticos, e o diagnóstico é feito apenas por alterações laboratoriais e radiológicas, enquanto outros podem apresentar dores ósseas até fraqueza muscular e fraturas. Porém, alguns deles são bem característicos quando apresentam-se como :
- Dor óssea, especialmente nas costas, quadris e pernas.
- Fraqueza muscular.
- Dificuldade para andar.
- Fraturas ósseas, mesmo após lesões leves.
Diagnóstico da osteomalácia:
Sem dúvidas, o diagnóstico precoce desta patologia auxilia a delimitar as consequências mais graves e, consequentemente, direciona a melhor forma de investir no tratamento. Assim, pacientes com suspeita de osteomalácia, o médico poderá prescrever a realização de testes que avaliem os níveis de vitaminas e minerais.
E em outros casos, a depender da gravidade das queixas e do quadro clínico, uma biópsia óssea também pode ser realizada para detectar tecido ósseo desmineralizado e verificar o aumento da atividade dos osteoblastos.
Em resumo, faz-se necessário:
- Dosagens bioquímicas para medir os níveis de vitamina D, cálcio, fósforo e fosfatase alcalina.
- Radiografias para detectar fraturas ou deformidades ósseas.
- Densitometria óssea para medir a densidade mineral óssea.
- Biópsia óssea, em casos raros, para confirmar o diagnóstico.
Alguns cuidados ajudam a mitigar os riscos de desenvolver esse tipo de doença. Entre eles, pode-se citar a prática da exposição solar moderada em horários específicos, bem como uma dieta rica em vitamina D e cálcio. Ademais, a suplementação de vitamina D é recomendada apenas quando necessário e sempre com indicação e acompanhamento médico.
Conclusão:
A deficiência de vitamina D é, de fato, um fator de risco relevante para a osteomalácia em adultos. Essa condição compromete a mineralização óssea, além de aumentar a suscetibilidade a fraturas. Dessa forma, a compreensão dessa relação torna-se crucial, tanto para a prevenção quanto para o tratamento da osteomalácia, tendo em vista a manutenção da saúde óssea e a prevenção de complicações futuras.
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Referências:
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