PLAQUETOGRAMA
Entendendo os Índices plaquetários
As plaquetas são pequenos fragmentos celulares derivados dos megacariócitos. A análise da contagem de plaquetas e de outros parâmetros relacionados é crucial na detecção precoce de condições hematológicas e não hematológicas. Em pessoas saudáveis, o número de plaquetas no sangue geralmente varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro, com uma expectativa de vida média em torno de dez dias. Essas informações são fundamentais para monitorar a saúde do paciente e identificar possíveis anormalidades que possam indicar a presença de doenças ou distúrbios, alterações nessas células podem ser obervadas antes mesmo da revisão microscópica, através do plaquetograma.
Com o avanço da automação na área da hematologia, surgiram diversas ferramentas que ampliaram o leque de parâmetros disponíveis na rotina laboratorial. Entre essas inovações, destacam-se aquelas voltadas para a análise das plaquetas. Embora já estejam presentes na maioria dos modernos contadores hematológicos, essas ferramentas ainda são subutilizadas e pouco compreendidas tanto pelos profissionais médicos quanto pelos analistas.
O processo tradicional de contagem de plaquetas envolve a observação visual de uma amostra de sangue sob um microscópio, onde as plaquetas são contadas manualmente em um pequeno volume de sangue. No entanto, essa abordagem manual pode ser demorada e sujeita a variações devido à subjetividade do observador.
Sem destacar a importância e relevância da revisão microscópica, os parâmetros automatizados do plaquetograma tentam superar essas limitações, esses sistemas utilizam tecnologia avançada, como citometria de fluxo, para analisar rapidamente uma amostra de sangue e determinar o número de plaquetas presentes. Mas não é só isso! Esses sistemas automatizados podem fornecer uma série de parâmetros adicionais que ajudam a caracterizar as plaquetas de forma mais detalhada:
VPM – Volume Plaquetário Médio: Este índice representa a média dos volumes de todas as plaquetas contadas e avaliadas por impedância elétrica na maioria dos contadores automatizados. Dessa forma, os contadores medem as plaquetas e ao contá-las fornecem a média do volume plaquetário, plotando os valores em um histograma.
PCT – Plaquetócrito: em um plaquetograma é uma medida que indica a proporção de plaquetas no sangue em relação ao volume total do sangue, que é o equivalente ao hematócrito na série vermelha. É calculado dividindo o número total de plaquetas pelo volume médio de plaquetas. Este índice pode ser útil na avaliação de distúrbios da coagulação
PDW – Platelet Distribution Width: Em português, Amplitude de Distribuição Plaquetária, é um parâmetro importante obtido a partir do plaquetograma. O PDW mede a heterogeneidade do tamanho das plaquetas presentes na amostra de sangue.
Algumas plaquetas podem ser maiores e outras menores. O PDW fornece informações sobre essa variação de tamanho. Um PDW elevado indica uma maior variação no tamanho das plaquetas, o que pode ser observado em várias condições médicas, como distúrbios de coagulação e em condições como trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) ou trombocitose (elevada contagem de plaquetas).
Conclusão
Em resumo, os parâmetros do plaquetograma fornecem informações cruciais sobre a saúde hematológica de um indivíduo e desempenham um papel fundamental na detecção, diagnóstico e monitoramento de uma variedade de condições médicas. Desde distúrbios hematológicos até doenças não hematológicas, os dados obtidos a partir da análise das plaquetas e seus parâmetros associados oferecem insights valiosos que podem guiar a intervenção médica adequada.
É vital reconhecer que uma interpretação cuidadosa e abrangente dos resultados do plaquetograma é essencial para uma avaliação precisa da saúde do paciente. Além disso, os parâmetros do plaquetograma não devem ser considerados isoladamente, mas sim em conjunto com outros exames laboratoriais, dados clínicos e histórico médico do paciente.
O próximo passo de todo analista que deseja ter mais segurança na bancada
Todo analista que busca se destacar e se tornar um profissional mais atualizado, capacitado e qualificado para o mercado de trabalho precisa considerar uma pós-graduação.
Um profissional com especialização é valorizado na área laboratorial; esse é um fato inegável.
Unimos o útil ao agradável ao desenvolver uma pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.
Para aqueles que procuram a comodidade de uma pós-graduação 100% online e ao vivo, sem abrir mão da excelência no ensino, temos a solução ideal.
Nossa metodologia combina teoria e prática da rotina laboratorial, garantindo um aprendizado efetivo.
Contamos com um corpo docente altamente qualificado, com os melhores professores do Brasil, referências em suas áreas de atuação.
No Instituto Nacional de Medicina Laboratorial, temos apenas um objetivo: mais do que ensinar, vamos tornar VOCÊ uma referência.
Toque no botão abaixo e conheça a pós-graduação em Hematologia Laboratorial e Clínica.
QUERO CONHECER TODOS OS DETALHES DA PÓS-GRADUAÇÃO
Referências
Failace R. Plaquetograma. Hemograma: Manual de Interpretação. Porto Alegre. 4a Edição. 2003.
Maluf CB. Intervalos de Referência dos Parâmetros de Volume Plaquetários: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto de Minas Gerais – ELSA-MG. 2011. Dissertação (Mestrado em Patologia). Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Minas Gerais. 2011.
MONTEIRO, Leila. Valores de referência dos índices plaquetários e construção de algoritmo para liberação do plaquetograma. Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017.
PEIXOTO, Jade Oliveira Brito et al. Perfil do plaquetograma em adultos e idosos participantes de um projeto de saúde. 2016.