PLAQUETOPENIA MEDICAMENTOSA
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PLAQUETOPENIA MEDICAMENTOSA

A interferência de medicamentos nas análises clínicas tem um papel importante na rotina laboratorial e, consequentemente, provoca resultados equivocados. Muitos medicamentos exercem efeitos sobre os testes laboratoriais como nos casos de plaquetopenia.

Quando um medicamento induz mudança de um parâmetro biológico através de um mecanismo fisiológico ou farmacológico, tem-se a interferência in vivo. Por outro lado, por interferência somente analítica do fármaco ou do seu metabólito pode, em alguma etapa analítica, interagir com as substâncias constituintes dos reagentes químicos utilizados, causando um falso resultado da análise. Essa reação é conhecida como interferência in vitro ou analítica.

Como os medicamentos atuam diminuindo as plaquetas?

Os mecanismos significativamente envolvidos na plaquetopenia induzida por medicamentos são: 

  1. A droga se liga a um anticorpo no plasma, e o receptor para a porção FC da imunoglobulina, presente na membrana plaquetária, captura este imunocomplexo; 
  2. O anticorpo liga-se diretamente à droga que está adsorvida à superfície da plaqueta, que acaba por concentrar a droga em si mesma; 
  3. A droga adsorvida à plaqueta pode sofrer alteração de conformação e tornar-se imunogênica, levando então à produção de anticorpo que se liga à plaqueta; 
  4. A ligação da droga à plaqueta pode mudar a conformação de constituintes normais da plaqueta, suscitando a produção de anticorpo contra a plaqueta; 
  5. O anticorpo pode reconhecer novos epítopos tanto na plaqueta quanto na droga adsorvida a ela. Estes mecanismos não são mutuamente exclusivos e vários deles podem ocorrer no mesmo indivíduo;
  6. O sistema reticuloendotelial fagocita a maioria dos imunocomplexos levando a plaquetopenia.

Conclusão

A prevalência da plaquetopenia induzida por medicamentos é alta, especialmente em pacientes hospitalizados, e nem sempre é de fácil diagnóstico e manejo. Alguns critérios devem ser atendidos para que se possa atribuir a trombocitopenia a uma determinada droga, como ter presente a plaquetopenia somente após o início do tratamento com a droga em questão e não deve haver outra causa plausível para a ocorrência da plaquetopenia relacionada à doença do paciente. Por isso é interessante o analista ter contato com a história clínica do paciente e avaliar os resultados laboratoriais de uma forma mais ampla.

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Referências

LOURENÇO, D.M. In: ZAGO, M.A.; FALCÃO, R.P.; PASQUINI, R. Hematologia fundamentos e prática. São Paulo: Atheneu, 2004 b. p. 764-770.

FDA – Food and Drug Administration. Centers & offices. [s.d.]. Disponível em: http://www.fda.gov/AboutFDA/CentersOffices/default.htm

FERREIRA, B.C.; SANTOS, K.L.; RUDOLPH, S.C.; ALCANFOR, J.D.X.; CUNHA, L.C. Estudo dos medicamentos utilizados pelos pacientes atendidos em laboratório de análises clínicas e suas interferências em testes laboratoriais: uma revisão da literatura. Rev. Eletr. Farm., v. 6, n. 1, p. 33-43, 2009.