COMO GARANTIR A QUALIDADE LABORATORIAL NA COLETA SANGUÍNEA
A qualidade nos processos laboratoriais vai muito além da análise das amostras. Desde o momento do atendimento inicial até a liberação do laudo, cada etapa é crucial para garantir a precisão diagnóstica.
Apesar dos avanços laboratoriais, a fase pré-analítica permanece como uma das principais responsáveis por inconsistências nos resultados. Essa etapa compreende todos os processos anteriores ao processamento da amostra, como o preparo do paciente, a coleta sanguínea e o transporte. Erros cometidos nesse momento podem comprometer significativamente a qualidade e a confiabilidade dos resultados.
Em relação a qualidade laboratorial na coleta sanguínea, as principais falhas incluem o tempo de jejum inadequado, estase venosa prolongada, flebotomia realizada incorretamente, requisições incorretas ou extraviadas, identificação errada do paciente, uso incorreto de aditivos ou centrifugação inadequada.
COMO ELEVAR A QUALIDADE NA COLETA SANGUÍNEA:
ORIENTAÇÕES:
A qualidade da coleta começa com a preparação adequada do paciente. É fundamental fornecer orientações claras sobre:
- Tempo de jejum necessário.
- Efeitos de exercícios físicos antes da coleta.
- Influência do tabagismo.
- Uso de medicamentos e seu impacto nos resultados.
Os laboratórios devem disponibilizar instruções claras e objetivas para os pacientes, tanto escritas quanto orais. Essas orientações devem considerar diferentes níveis de compreensão, incluindo pacientes analfabetos. A equipe deve confirmar que o paciente recebeu e entendeu as instruções, assegurando que ele esteja preparado para o procedimento.
IDENTIFICAÇÃO CORRETA:
A identificação é uma das etapas mais importantes para evitar erros. A equipe de coleta deve:
- Confirmar a identidade do paciente utilizando documentos e informações pessoais.
- Verificar no mínimo duas identificações do paciente como nome completo, data de nascimento, sexo, histórico.
- Garantir que o material coletado seja corretamente identificado para evitar trocas ou perdas.
TREINAMENTO DA EQUIPE:
A capacitação contínua dos profissionais que realizam a coleta é indispensável. A equipe bem treinada reduz significativamente os erros e assegura que os procedimentos sejam realizados de forma correta e segura.
Fatores a serem analisados:
- Conferir quais exames vão ser realizados.
- Sequência adequada dos tubos em coletas a vácuo.
- Controle do tempo de aplicação do torniquete.
- Postura do paciente durante a coleta.
- Técnica correta da coleta para os exames solicitados.
- Assepsia do paciente.
BIOSSEGURANÇA:
A biossegurança é essencial para prevenir contaminações e proteger tanto o paciente quanto os profissionais. É imprescindível seguir:
- Uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs).
- Seguir normas e protocolos de desinfecção e esterilização.
MONITORAMENTO CONSTANTE:
A qualidade deve ser constantemente monitorada por meio de:
- Auditorias internas e externas.
- Revisões periódicas dos protocolos e POP’s.
- Acompanhamento das recomendações e atualizações de órgãos reguladores.
- Avaliação do índice de recoleta por erros pré-analíticos.
Essa avaliação constante permite identificar falhas e implementar melhorias contínuas nos processos de coleta.
Garantir a qualidade laboratorial na coleta sanguínea não é apenas uma exigência técnica, mas uma responsabilidade ética com os pacientes e profissionais que dependem de resultados precisos.
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Referências:
LIMA-OLIVEIRA, G. S. et al. Controle da qualidade na coleta do espécime diagnóstico sanguíneo: iluminando uma fase escura de erros pré-analíticos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 45, p. 441-447, 2009.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE (PNCQ). Garantia da Qualidade no Laboratório Clínico. 7° ed. 2019. Disponível em: <https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2021/02/manual_garantiadaqualidade_2019-final-WEB.pdf>. Acesso em 09 Jan. 2025.
BOECHAT, N. G.; MENEZES, P. A fase pré-analítica na gestão da qualidade em medicina laboratorial: uma breve revisão. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 2021.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): boas práticas em laboratório clínico. 1. ed. Manole. Barueri, SP. 2020.