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CONTROLE DA QUALIDADE NO EXAME QUÍMICO DA URINA

O sumário de urina é um dos exames mais solicitados no laboratório clínico, abrangendo as análises física, química e microscópica desse líquido biológico. Através desse exame é possível avaliar diversas condições clínicas, especialmente do trato urinário. Nesse contexto, o controle de qualidade surge como um instrumento essencial para assegurar a padronização e minimizar erros ao longo de todas as etapas do processo, desde a coleta até a emissão dos laudos de urinálises.

A análise química da urina é realizada por meio de tiras reagentes que são utilizadas para avaliar diversos parâmetros bioquímicos na amostra. Essas tiras apresentam áreas com reagentes específicos que interagem com os constituintes da urina, permitindo a detecção de elementos como proteínas, glicose, cetonas, hemoglobina, bilirrubinas e urobilinogênio. 

A leitura pode ser feita visualmente, comparando as cores obtidas com uma escala fornecida pelo fabricante, ou por meio de analisadores automatizados, que aumentam a precisão e reduzem a subjetividade na interpretação dos resultados.

COMO GARANTIR A QUALIDADE NO EXAME QUÍMICO DA URINA:

  • Cuidados necessários com as tiras:

As tiras reagentes utilizadas na análise química da urina devem ser armazenadas adequadamente para garantir sua eficácia e confiabilidade. É essencial mantê-las com dessecante no frasco original do fabricante, que deve ser opaco e bem fechado, em local fresco e não refrigerado. A exposição a vapores e substâncias voláteis também deve ser evitada, pois pode comprometer sua funcionalidade. 

Após a abertura do frasco, recomenda-se o uso das tiras dentro em até seis meses, descartando aquelas que apresentarem sinais de desgastes ou falhas, como alterações na cor original da área reagente. Durante o uso, é importante retirar apenas uma tira por vez, sempre fechando o recipiente imediatamente para evitar umidade, além de evitar tocar a área de reação química e misturar tiras de diferentes lotes ou recipientes. Esses cuidados garantem a integridade das tiras e a confiabilidade dos resultados obtidos.

  • Interferentes pré-analíticos:

Fatores como o uso de certos medicamentos, ácido ascórbico, hipoclorito e até mesmo certos alimentos, como a beterraba, podem alterar as reações químicas nas áreas reagentes da tira, comprometendo a análise. A identificação e o controle desses interferentes são passos cruciais para assegurar a interpretação do exame.

  • Uso correto das tiras:

Para o uso correto das tiras reagentes, é imprescindível utilizar amostras de urinas não centrifugadas, bem homogeneizadas e respeitar rigorosamente o tempo de leitura indicado pelo fabricante. 

  • Controle interno da qualidade:

A realização do C.I.Q para o exame químico é indispensável para validar o desempenho das tiras reagentes. Recomenda-se que a análise seja realizada com pelo menos duas amostras controle: uma com resultados normais ou negativos e outra com valores alterados. 

A frequência dessa análise deve ser definida pelo setor da qualidade, porém recomenda-se que o analista realize diariamente e sempre que houver troca de lote das tiras. Essa rotina de controle contribui significativamente para a detecção precoce de inconsistências e para a manutenção da qualidade no processo analítico.

  • Controle externo da qualidade:

O laboratório deve participar de programas de proficiência que abranjam o sumário de urina. A participação nesses programas possibilita a comparação do desempenho analítico do laboratório com o de outros estabelecimentos, além de ajudar a identificar áreas de melhoria nos processos de análise.

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Referências:

BERLITZ, F. A. Controle da qualidade no laboratório clínico: alinhando melhoria de processos, confiabilidade e segurança do paciente. Revista J BrasPatolMedLab,v. 46, n. 5, p. 353-363, 2010.

BOTTINI, P. V. et al. Urinálise: ampliando seu controle de qualidade. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, n. 2, p. 226-226, 2008.

CEZAR, Franciele Maciel. Controle de qualidade laboratorial: uma atualização em urinálise. 2016.

COELHO, N. C.; BONETTI, F. C.; NACANO, B. R. M.  A IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE LABORATORIAL NO SETOR DE URINÁLISE. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente. 2023.

Controle de Qualidade para Laboratórios (CONTROLLAB). Eficiência no controle de processo em Urinálise. Disponível em: <https://controllab.com/eficiencia-no-controle-de-processo-em-urinalise/>. Acesso em 19 de Dezembro de 2024.