Regras de Westgard: O controle de qualidade para resultados confiáveis
As regras de Westgard consistem em critérios de aceitação fundamentais para determinar se uma corrida analítica está “sob controle” ou “fora de controle”. São uma ferramenta indispensável para análise do controle de qualidade em testes quantitativos. As regras de Westgard, desempenham um papel fundamental na garantia da qualidade e confiabilidade dos resultados analíticos em laboratórios.
Quando utilizar as Regras de Westgard?
Existem diferentes abordagens para o controle de qualidade. Um procedimento de regra única de controle utiliza um único critério ou um único par de limites de controle, como um gráfico de Levey-Jennings com limites calculados como x ± 2DP ou x ± 3DP. Por outro lado, as “Regras de Westgard” são normalmente aplicadas com 2 ou 4 medições de controle por corrida, sendo especialmente adequadas quando diferentes materiais de controle são medidos uma ou duas vezes por material. Para aplicar as regras múltiplas de Westgard no controle de qualidade (CQ), é necessário calcular as médias e os desvios padrões dos controles.
Quais são as regras?
As Regras de Westgard compõem o algoritmo de Westgard, que consiste em obter os dados do controle e aplicar as regras. Quando a regra 1:2s não é infringida, os resultados estão sob controle e podem ser liberados. Caso contrário, é necessário verificar outras regras para determinar se é possível liberar os resultados ou se a corrida analítica foi rejeitada, exigindo investigação, correção e reavaliação do controle.
Aqui estão as Regras de Westgard utilizadas:
- Regra 1:3s: Empregada quando os limites de controle calculados são média ± 3 desvios padrões (DP). Pode ser utilizada com 2, 3 e 4 níveis de controle. Caso uma medição de controle exceda o limite de ± 3DP, a corrida deve ser rejeitada.
- Regra 1:2s: Aplicada quando os limites de controle calculados são média ± 2 desvios padrões (DP). Utilizada com 1 ou 2 níveis de controle. Se uma medição de controle exceder o limite de 2DP, é necessária investigação dos dados do controle.
- Regra 2:2s: Usada com 2 e 4 níveis de controle. Quando duas medições de controle excedem o limite de ± 2DP, a corrida deve ser rejeitada.
- Regra R:4s: Utilizada com 2, 3 e 4 níveis de controle. Se uma medição de controle exceder o limite +2DP e outra medição exceder o limite -2DP, a corrida deve ser rejeitada.
- Regra 4:1s: Empregada com 1, 2 e 4 níveis de controle. Quando quatro medições de controle consecutivas excedem o mesmo limite de ±1DP, a corrida deve ser rejeitada.
- Regra 10Xm: Utilizada com 2 níveis de controle. Quando dez medições de controle consecutivas excedem o mesmo lado da média, a corrida deve ser rejeitada.
Controle de três níveis
Quando analisamos as regras acima, é possível perceber que apenas duas delas podem ser utilizadas para 3 níveis de controle, e ambas avaliam o erro aleatório. Pensando nisso, variações dessas regras foram criadas para que o controle de três níveis pudesse ser avaliado.
- Regra 9Xm: Substitui a regra 10Xm. Quando nove medições de controle consecutivas excedem o mesmo lado da média, a corrida é rejeitada.
- Regra 2 de 3:2s: Substitui a regra 2:2s. Se duas de três medições de controle excederem o mesmo limite ± 2DP, a corrida é rejeitada.
- Regra 3:1s: Substitui a regra 4:1s. Caso três medições consecutivas de controle excedam o mesmo limite x ± 1DP, a corrida deve ser rejeitada.
Concluindo, as Regras de Westgard são uma ferramenta essencial para a análise do Controle de Qualidade dos exames de análises clínicas quantitativos, garantindo resultados mais precisos. Ao implementar as Regras de Westgard de forma consistente na análise crítica do Controle interno da qualidade, os laboratórios de análises clínicas podem assegurar resultados confiáveis e de alta qualidade, cumprindo assim o seu papel de fornecer subsídios para decisões clínicas , aprimorando a qualidade do atendimento à saúde.
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