Síndrome Nefrítica: Análise Laboratorial
A síndrome nefrítica, caracterizada pela inflamação dos glomérulos renais, é uma condição clínica que exige uma abordagem minuciosa para diagnóstico e monitoramento. No âmbito laboratorial, diversas análises podem fornecer percepções sobre a extensão da lesão glomerular e sua causa subjacente. Neste contexto, exploraremos as principais ferramentas laboratoriais utilizadas para compreender e gerenciar a síndrome nefrítica, visando uma melhor compreensão e manejo desta condição clínica pelos analistas.
Síndrome Nefrítica: Parâmetros Laboratoriais
A análise laboratorial oferece informações que são necessárias na identificação e monitoramento dessa síndrome, fornecendo uma visão sobre a função renal, inflamação glomerular e possíveis causas subjacentes. Nesta seção, examinaremos como diferentes marcadores clínicos podem ajudar para uma compreensão desta condição renal.
- Exame de Urina:
Proteinúria: A presença de proteínas na urina é um marcador importante na síndrome nefrítica. A quantificação da proteinúria, geralmente através do método de relação proteína/creatinina, fornece informações cruciais sobre a intensidade da lesão glomerular.
Hematúria: A presença de sangue na urina é comum na síndrome nefrítica. A avaliação da hematúria, seja por tiras reativas ou microscopia, auxilia na determinação da extensão da inflamação glomerular. Também é possível visualizar eritrócitos dismórficos e, no geral, cilindros hemáticos no exame microscópico do sedimento urinário.
- Dosagem de Complemento:
O sistema complemento desempenha sua função na resposta imunológica. Na síndrome nefrítica, ocorre frequentemente uma ativação excessiva do complemento. A dosagem dos componentes C3 e C4 é realizada para avaliar a atividade desta via e auxiliar na identificação e diferenciação de diferentes causas dessa síndrome.
- Avaliação da Função Renal:
Creatinina sérica: A creatinina é um marcador da função renal. Na síndrome nefrítica, a lesão glomerular pode resultar em uma diminuição da taxa de filtração glomerular, levando ao aumento nos níveis de creatinina sérica.
Clearance de Creatinina: Este teste fornece uma avaliação mais precisa da taxa de filtração glomerular, sendo particularmente útil em casos de síndrome nefrítica.
- Sorologia para Agentes Infecciosos:
Alguns casos de síndrome nefrítica podem ser desencadeados por infecções, como a glomerulonefrite pós-estreptocócica. Testes sorológicos para detecção de anticorpos específicos ajudam a confirmar a origem infecciosa da síndrome.
Ao desvendar os marcadores clínicos por meio da análise laboratorial, podemos estabelecer uma compreensão mais profunda da síndrome nefrítica. Essa abordagem minuciosa não apenas facilita o diagnóstico preciso, mas também orienta estratégias de tratamento personalizadas, promovendo uma gestão eficaz e melhor qualidade de vida para os pacientes afetados por essa condição renal desafiadora.
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Referências:
MSD Manuals. Visão Geral da Síndrome Nefrítica. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/vis%C3%A3o-geral-da-s%C3%ADndrome-nefr%C3%ADtica. Acesso em: 29 jan. 2024.
Fleury Medicina e Saúde. Manual de Doenças: Síndrome Nefrítica. Disponível em: https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/sindrome-nefritica. Acesso em: 29 jan. 2024.
MOTTA, V.T. Bioquímica Básica. Laboratório Autolab LTDA, 2005.
