Tubos de Coleta: Importância da Sequência para Análises Laboratoriais
A análise laboratorial desempenha um papel vital no diagnóstico e tratamento de diversas condições de saúde. No entanto, é comum que tanto profissionais da saúde quanto pacientes subestimem a relevância da ordem adequada dos tubos de coleta durante a fase pré-analítica.
Por essa razão, neste artigo, explicaremos por que a sequência precisa de coleta de amostras garante resultados confiáveis. Além disso, discutir sobre como essa prática impacta diretamente na qualidade dos testes realizados.

Imagem fonte: https://www.go.senac.br
Importância da Sequência dos Tubos de Coleta
- Prevenção de Contaminação Cruzada: Estruturar cuidadosamente a ordem dos tubos na coleta de sangue para minimizar o risco de contaminação cruzada. Afinal, certas substâncias presentes em alguns tubos podem interferir significativamente na estabilidade de determinados testes. Por esse motivo, deve-se planejar estrategicamente a sequência de coleta para evitar que esse tipo de interferência comprometa os resultados laboratoriais
- Consistência nas Concentrações de Substâncias: Além disso, é importante destacar que alguns testes dependem diretamente da análise de concentrações específicas de substâncias nos fluidos biológicos. Contudo, quando a disposição dos tubos não segue a sequência recomendada, podem ocorrer variações nas concentrações detectadas. Consequentemente, isso pode conduzir a interpretações equivocadas e, em última instância, a diagnósticos incorretos.

Ordem Correta dos Tubos de Coleta
A seguir, apresentamos a função e os componentes de cada tubo de coleta, cuja ordem correta é essencial para garantir a integridade das amostras:
Hemocultura: Coleta-se a hemocultura antes de qualquer outro tubo, seguindo rigorosamente o protocolo para evitar contaminações. Além disso, realiza-se a primeira coleta para identificar os microrganismos presentes no sangue antes de qualquer substância ou aditivo presente nos tubos subsequentes.
Citrato: Em seguida, o tubo azul, que contém citrato de sódio, é utilizado para testes da hemostasia, como o Tempo de Protrombina (TP) e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA). Este é coletado logo após a hemocultura, caso esta seja necessária.
Ativador de coágulo: O tubo com ativador de coágulo contém um ativador de coágulo, facilitando a coagulação sanguínea. Ele é indicado para exames bioquímicos em geral e sorologias.
Ativador de coágulo com gel separador: Contém um ativador de coágulo e um gel separador, proporcionando maior estabilidade das amostras e permitindo maior tempo de armazenamento. Embora seja amplamente utilizado em testes de bioquímica, sorologia e imunologia, o uso de gel separador é, contudo, contraindicado para alguns testes, como dosagem de hormônios e imuno-hematológicos, entre outros.
Heparina: O tubo utilizado para análises que necessitam de plasma ou sangue total, como testes de genética. Ele evita a coagulação da amostra.
EDTA: Um agente quelante que preserva a morfologia celular. Além disso, é essencial em exames hematológicos, como hemograma, reticulócitos, VHS e hemoglobina glicada. Também usado em outros testes.
Fluoreto de sódio: O tubo contém fluoreto de sódio ou uma mistura com EDTA e serve para dosar glicose, lactato e outros exames metabólicos sensíveis ao tempo. Esta mistura é importante para a inibição glicolítica e a preservação da amostra.
Observação importante:
Vale reforçar que os exames mencionados acima são apenas referências usuais. Além disso, você deve conferir previamente a bula do kit de análise utilizado, pois a recomendação pode variar conforme o fabricante ou método adotado. Sendo a ordem sugerida de coleta demonstrada abaixo:

Impacto na Qualidade do Diagnóstico
A desobediência à sequência correta de coleta dos tubos pode, infelizmente, culminar em resultados laboratoriais imprecisos e diagnósticos equivocados. Por conseguinte, em consequência disso, os profissionais podem tomar decisões clínicas inadequadas, comprometendo assim a eficácia dos tratamentos propostos.
Por outro lado, seguir rigorosamente a sequência garante a integridade dos dados laboratoriais. Com isso, obtêm-se resultados mais confiáveis, o que, por sua vez, viabiliza uma abordagem diagnóstica e terapêutica mais precisa, segura e eficaz no cuidado ao paciente.
Conclusão
Por fim, é imprescindível que os profissionais de análises clínicas compreendam a importância da sequência correta na coleta de tubos e, portanto, a sigam de maneira rigorosa. Isso porque, ao respeitar essa prática, evitam-se promover a imprecisão dos resultados.
Além disso, ao adotar e implementar com exatidão essa sequência, o profissional não apenas assegura a integridade das amostras, mas também fortalece significativamente a confiabilidade dos diagnósticos laboratoriais. Consequentemente, esse cuidado impacta diretamente na qualidade da assistência prestada, além disso, promove uma prática clínica mais segura, eficiente e centrada no bem-estar do paciente.
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Referências:
Manual de Coleta em Laboratório Clínico. Disponível em: <https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2023/06/Manual-de-Coleta_pagina-final-16-06-23.pdf>, 2023.
XAVIER, Nathalia Guterres et al. Principais erros na fase pré-analítica do laboratório prestador de serviço no hospital Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul. Projeto de pesquisa apresentado como prérequisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde que é realizado em parceria com Fundação Oswaldo Cruz, 2013.
ABDALLA, Douglas Reis et al. Avaliação do conhecimento de estudantes e profissionais da saúde sobre a fase pré-analítica de amostras hematológicas. Jornal de Ciências Biomédicas e Saúde, v. 2, n. 2, p. 4, 2016.