VITAMINA A: FUNÇÕES E IMPORTÂNCIA CLÍNICA
A vitamina A é um micronutriente essencial para o funcionamento adequado do organismo, desempenhando papéis importantíssimos em diversas funções biológicas.
Reconhecida principalmente por sua importância na fisiologia da visão, essa vitamina também é indispensável para a integridade das células epiteliais, o crescimento normal e o fortalecimento do sistema imunológico. Sua deficiência pode acarretar sérias consequências, como cegueira noturna, aumento da suscetibilidade a infecções e distúrbios no desenvolvimento infantil.
Encontrada em alimentos de origem animal e vegetal, a vitamina A possui duas formas principais: o retinol e os carotenoides, sendo este último considerado uma provitamina. Alimentos como fígado, leite, ovos e óleo de peixe são ricos em retinol, enquanto os carotenoides estão presentes em vegetais folhosos verde-escuros, cenoura, abóbora, batata-doce e frutas amarelas como o pêssego.
A absorção desses compostos ocorre no intestino delgado, mediada pela presença da bile e lipase, resultando na formação de quilomícrons que transportam a vitamina até o fígado, onde é estocada predominantemente como palmitato de retinol.
Além do armazenamento hepático, a vitamina A é distribuída aos tecidos por meio da proteína carreadora de retinol (RBP). Proteínas ligadoras específicas presentes nas membranas celulares são responsáveis pela captação da vitamina pelos tecidos-alvo, garantindo sua biodisponibilidade e participação nos processos metabólicos.
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A (HIPOVITAMINOSE):
A hipovitaminose A permanece como um desafio significativo de saúde pública, particularmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.
A forma ativa da vitamina A, o 11-cis-retinal, é um dos componentes da rodopsina, o pigmento visual presente nos bastonetes da retina responsáveis pela visão em ambientes de baixa luminosidade. Assim, uma das manifestações mais precoces da hipovitaminose A é a cegueira noturna, caracterizada pela dificuldade de enxergar em condições de pouca luz.
A deficiência prolongada de vitamina A também compromete a integridade e a diferenciação das células epiteliais, levando a alterações graves na córnea, como a ceratinização progressiva, xeroftalmia e, em casos extremos, cegueira permanente.
Além disso, a hipovitaminose A afeta o crescimento e a regeneração celular, o que pode agravar quadros de desnutrição e interferir no desenvolvimento infantil.
A deficiência de vitamina A está frequentemente associada a fatores como ingestão inadequada de gorduras, síndromes disabsortivas (decorrentes de doenças hepáticas, pancreáticas ou intestinais) e desnutrição proteico-calórica.
Como essa vitamina é lipossolúvel, sua absorção depende diretamente da presença de lipídios na dieta e do funcionamento adequado dos sistemas hepático e biliar.
EXCESSO DE VITAMINA A (HIPERVITAMINOSE):
O excesso de vitamina A pode levar a toxicidade, manifestando-se como intoxicação aguda ou crônica, dependendo da duração e intensidade da ingestão.
A intoxicação aguda geralmente ocorre após uma dose única muito alta, enquanto a crônica é resultado de ingestão por período prolongado.
Os sintomas incluem cefaleias severas, hipertensão intracraniana e fraqueza generalizada, frequentemente associados a manifestações tardias como excrescências ósseas e dores articulares, particularmente em crianças. Além disso, pode haver aumento do fígado e do baço.
O diagnóstico é baseado na identificação de sinais clínicos característicos e na detecção de elevados níveis plasmáticos de vitamina A.
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Referências:
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