ANEMIA NA DOENÇA RENAL
A anemia é um achado muito frequente em doenças não hematológicas, tais como doença renal crônica. A Insuficiência renal acomete cerca de 1% da população, tendo como principais causas a nefropatia diabética, a nefropatia hipertensiva e as glomerulopatias primárias ou secundárias.
A anemia geralmente se instala de forma insidiosa quando a taxa de filtração glomerular cai abaixo de 30-40 ml/min (ou um clearance de creatinina menor que 40 ml/min). Em um indivíduo de peso médio, isso corresponde a uma creatininemia acima de 2 mg/dl ou 3 mg/dl. Embora a anemia da nefropatia crônica seja multifatorial, existe um fator principal: a deficiência na produção de eritropoetina pelo parênquima renal!
O rim é o órgão fisiologicamente encarregado de produzir eritropoetina. A perda progressiva de seu parênquima reduz sua capacidade produtora. Os outros fatores incriminados na anemia são:
- Toxinas urêmicas que funcionam como inibidores da eritropoiese medular;
- Alterações enzimáticas, eletrolíticas e de membrana das hemácias – elas se tornam mais facilmente reconhecidas pelos macrófagos esplênicos, tendo a vida média reduzida para algo em torno de 60-70 dias;
- Efeito do paratormônio (PTH), que inibe a eritropoiese e promove mielofibrose leve a moderada.
Achados Laboratoriais
A anemia da síndrome urêmica é progressiva, chegando a valores de hematócrito entre 15-30%. Tipicamente é normocítica-normocrômica, e sua gravidade tende a ser proporcional ao grau de disfunção renal.
O índice de produção reticulocitária na maioria das vezes é normal. Quando a ureia se encontra muito elevada (>500 mg/dl), pode haver aumento dos reticulócitos. O esfregaço de sangue periférico pode revelar múltiplos equinócitos.
Os parâmetros do metabolismo do ferro são muito variáveis, com a ferritina sérica em geral superior a 100 ng/ml. Nos renais crônicos, a cinética do ferro deve ser monitorada periodicamente.
Outras Considerações
– Além da anemia por perda da capacidade de produção da eritropoetina, diversos aspectos devem ser levados em consideração ao analisar os exames de um paciente renal crônico, por isso é importante conhecer o histórico do seu paciente.
– A perda de ácido fólico na hemodiálise pode originar anemia megaloblástica, aumentando o VCM no hemograma e originando megalócitos na lâmina.
– Além das doenças renais, outras inflamações crônicas podem desencadear uma anemia, já que o estado inflamatório contribui para uma menor produção renal de eritropoetina. Tanto a IL-1-beta e o TNF-alfa por meio da ativação de GATA-2 e NF-Kappa B suprimem a expressão do gene da eritropoetina e consequentemente a secreção de eritropoetina
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Referências
ABENSUR, Hugo; BASTOS, Marcus Gomes; CANZIANI, Maria Eugênia Fernandes. Aspectos atuais da anemia na doença renal crônica. J Bras Nefrol, v. 28, n. 2, p. 104-7, 2006.
Atlas de hematologia: clínica hematológica ilustrada/ Therezinha Ferreira Lorenzi, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006