mononucleose infecciosa
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MONONUCLEOSE INFECCIOSA

A Doença do Beijo

A mononucleose infecciosa, comumente conhecida como doença do beijo, é uma condição viral comum que afeta principalmente adolescentes e adultos jovens. Esta doença, causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr, pode variar de leve a grave e apresentar uma ampla gama de sintomas.

Na infecção primária, o Epstein-Barr se multiplica nos linfócitos B, enquanto linfócitos T citotóxicos específicos são desenvolvidos e regulam a proliferação das células infectadas. Por isso a infecção pelo EBV usualmente é assintomática.

A mucosa da parte posterior da garganta é onde o vírus geralmente começa a se replicar, mas tem sido desafiador entender como ocorre a infecção, já que as células dessa região não expressam as proteínas CD21 ou HLA de classe II. A infecção é transmitida por meio do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada, sendo a boca a principal porta de entrada do vírus Epstein-Barr, daí o nome popular “doença do beijo”.

Após a transmissão, o vírus infecta as células da mucosa da garganta, especialmente os tecidos linfoides presentes nas amígdalas e nas glândulas salivares. A partir dessas células, o vírus se espalha para infectar os linfócitos B nas cavidades das amígdalas. É importante ressaltar que o Epstein-Barr infecta principalmente os linfócitos B maduros, que são células de memória, estimulando sua proliferação, mas também pode infectar linfócitos T e células NK.

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SINTOMAS

Os principais sintomas incluem:

  • Fadiga extrema: Uma das queixas mais comuns, muitas vezes persistente por semanas.
  • Dor de garganta: Geralmente intensa e acompanhada de inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço.
  • Febre: Pode variar de leve a alta.
  • Amígdalas inchadas: Com manchas brancas ou amarelas na superfície.
  • Inchaço do baço: Pode levar a dor abdominal no quadrante superior esquerdo.
  • Inchaço dos gânglios linfáticos: Especialmente nos locais do pescoço, axilas e virilha.

ALTERAÇÕES LABORATORIAS

As principais alterações ocorrem no hemograma e pode mostrar leucócitos normais ou presença de leucocitose, atingindo um nível de 10.000 a 20.000 células/mm³, eventualmente, podem ocorrer reações leucemóides.

A leucocitose geralmente se caracteriza pela predominância de linfócitos, representando mais de 50% dos glóbulos brancos. Um achado típico, mas não exclusivo, é a presença de linfócitos anormais, conhecidos antigamente como células de Downey, que compõem pelo menos 10% dos linfócitos totais. Essas células apresentam variações notáveis em tamanho e forma, sendo notavelmente maiores, com núcleos lobulados e excêntricos, além de possuírem citoplasma com muitos vacúolos e indentações na membrana celular.

mononucleose infecciosa
Linfócitos atípicos frente a presença do vírus epstein Barr – Fonte: Cellwike Disponível em: https://www.cellwiki.net/en/cases/kissing-disease

As aminotransferases (ALT e AST) encontram-se elevadas em até 90% dos casos e a concentração sérica de bilirrubina está aumentada em até 40% das situações, apesar da icterícia ser bem incomum.

Em resumo, a mononucleose infecciosa é uma condição viral comum, especialmente entre adolescentes e adultos jovens. Embora os sintomas possam ser desconfortáveis e persistentes, a maioria dos casos se resolve com cuidados de suporte e repouso adequado. Com uma compreensão dos sintomas, diagnóstico precoce e medidas preventivas, é possível gerenciar eficazmente esta condição e minimizar complicações. 

As alterações laboratoriais desempenham um papel fundamental no diagnóstico e no monitoramento da mononucleose infecciosa, fornecendo informações importantes sobre a gravidade da doença e ajudando a orientar o manejo clínico. No entanto, é crucial interpretar esses resultados em conjunto com outros aspectos clínicos para garantir um cuidado eficaz e individualizado para cada paciente.

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Referências

DE OLIVEIRA, Juliana Linhares et al. O vírus Epstein-Barr e a mononucleose infecciosa. Rev Bras Clin Med. São Paulo, v. 10, n. 6, p. 535-43, 2012.

DA SILVA, VANESSA YURI NAKAOKA ELIAS et al. Mononucleose Infecciosa-Uma Revisão De Literatura. Uningá Review, v. 16, n. 1, 2013.