FATOR REUMATOIDE
Um Marcador de Doenças Autoimune
A artrite reumatoide é uma doença autoimune cujo desenvolvimento é influenciado por fatores hormonais, ambientais e imunológicos, que atuam em conjunto sobre indivíduos geneticamente suscetíveis.
A fisiopatologia consiste na ação das células T e B autorreativas, que levam à sinovite, à infiltração celular e a um processo desorganizado de destruição e romodelamento ósseo. A membrana sinovial é a principal fonte de citocinas pró-inflamatórias e proteases e, em conjunto com osteoclastos e condrócitos, promove a destruição articular. Projeções de tecido proliferativo penetram na cavidade articular, invadindo a cartilagem e o tecido ósseo, formando o pannus, característico da artrite reumatoide.
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O Fator Reumatoide
O principal marcador para a doença é o fator reumatoide presente em todos os pacientes, mas também pode estar presente em outras condições médicas. Sua detecção e quantificação são cruciais para o diagnóstico e monitoramento de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de artrite reumatoide.
O fator reumatoide é um anticorpo que ataca o próprio organismo, especificamente a porção Fc das moléculas de imunoglobulina G (IgG). Ele é produzido por células do sistema imunológico e pode ser detectado no sangue de pacientes com artrite reumatoide e outras doenças autoimunes. A presença de FR no soro sanguíneo é considerada um importante marcador diagnóstico e prognóstico da artrite reumatoide.
Em princípio, um estímulo desencadeia uma resposta imunológica que pode induzir a produção de imunoglobulinas G (IgG) anormais dentro das articulações, o que leva à formação do fator reumatoide e, eventualmente, ao desenvolvimento de uma condição reumática. Portanto, é provável que o fator reumatoide não seja o iniciador do processo inflamatório na doença reumática, mas sim que atue perpetuando e intensificando esse processo ao longo do tempo.
Relevâncias Clínica do Fator Reumatoide
Além de ser um marcador diagnóstico de artrite reumatoide, a presença e a quantidade de fator reumatoide também estão associadas à gravidade da doença e ao risco de complicações. Pacientes com níveis elevados de fator reumatoide tendem a apresentar formas mais agressivas de artrite reumatoide e maior probabilidade de desenvolver erosões ósseas e deformidades articulares. Além disso, o fator reumatoide pode ser útil no monitoramento da resposta ao tratamento e na identificação de pacientes que podem se beneficiar de terapias mais agressivas.
Teste de Aglutinação em Látex
O Teste de Aglutinação em Látex é uma técnica imunológica utilizada para detectar a presença do fator reumatoide em uma amostra biológica, como o soro sanguíneo. Neste teste, partículas de látex são revestidas com antígenos ou anticorpos específicos para o fator reumatoide.
- Resultado Positivo: Se houver aglutinação visível, isso indica a presença do fator reumatoide na amostra.
- Resultado Negativo: Se não houver aglutinação visível, isso indica que não há interação entre o antígeno e o anticorpo na amostra. Isso sugere a ausência do anticorpo específico ou que sua concentração na amostra é muito baixa para ser detectada pelo teste.
Em suma, a artrite reumatoide é uma condição autoimune crônica que afeta as articulações, resultando em inflamação, dor e deterioração progressiva da cartilagem e do osso. O fator reumatoide é um marcador importante para o diagnóstico e monitoramento da doença.
A aglutinação em látex oferece uma abordagem rápida, simples e confiável para identificar a presença de fator reumatoide. Ao misturar o soro do paciente com partículas de látex revestidas com antígenos de IgG humana, podemos observar aglutinação se o fator reumatoide estiver presente na amostra. Este teste é altamente sensível e específico, permitindo a detecção precoce e precisa do fator reumatoide, mesmo em concentrações baixas.
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Referências
BIOLATEXFR Disponível em: https://quibasa.bioclin.com.br/anexos/INSTRUCOES_BIO_LATEX_FR.pdf
GOELDNER, Isabela et al. Artrite reumatoide: uma visão atual. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 2011.
MOTA, Licia Maria Henrique da et al. Comportamento distinto dos sorotipos do fator reumatoide em avaliação seriada de pacientes com artrite reumatoide inicial. Revista Brasileira de Reumatologia, 2009.
FIRESTEIN, Gary S. Evolução dos conceitos de artrite reumatoide. Natureza, 2003.