VITAMINA K

A vitamina K é um micronutriente lipossolúvel essencial que desempenha uma variedade de funções no organismo, desde a regulação da coagulação até a saúde óssea e cardiovascular. Sua descoberta e compreensão de seus mecanismos de ação avançaram consideravelmente ao longo do tempo, revelando sua complexidade e importância para a saúde humana. A forma predominante de vitamina K nos alimentos é a filoquinona, amplamente distribuída em alimentos de origem animal e vegetal.

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Metabolismo da Vitamina K

A vitamina K é captada pelo intestino delgado e transportada através das vias linfáticas. Requer condições normais de fluxo biliar, secreção pancreática e uma quantidade apropriada de gordura na dieta para uma absorção eficaz. Diversos elementos podem afetar sua absorção, como as características fisiológicas individuais, condições patológicas específicas, distúrbios de absorção intestinal, produção biliar, estado nutricional e ingestão inadequada de fontes dessa vitamina. Uma vez na circulação portahepática, a vitamina K é direcionada ao fígado. Nesse órgão, a filoquinona é convertida em hidronaftoquinona (KH2), que é o cofator ativo necessário para a carboxilação das proteínas dependentes de vitamina K.

Vitamina K e Metabolismo Ósseo

A vitamina K desempenha um papel essencial no metabolismo ósseo por meio da regulação da mineralização óssea. Ela atua como cofator para uma enzima chave chamada glutationa redutase, necessária para ativar a osteocalcina, uma proteína produzida pelos osteoblastos – células responsáveis pela formação óssea. A osteocalcina, quando ativada pela vitamina K, é capaz de ligar-se ao cálcio, promovendo sua incorporação na matriz óssea e contribuindo para a mineralização adequada dos ossos.

Vitamina K e a Coagulação Sanguínea

Para que os fatores de coagulação II, VII, IX, X, proteínas C e S se tornem biologicamente ativos, é crucial que ocorra a gama-carboxilação do ácido glutâmico presente nessas proteínas. Esse processo permite que elas se liguem aos fosfolipídios da superfície celular, promovendo e acelerando o mecanismo de coagulação sanguínea. A vitamina K na forma reduzida (KH2) desempenha um papel essencial como co-fator nesse processo de carboxilação. Durante esse processo, a KH2 é oxidada a epóxi  vitamina K e, posteriormente, é restaurada à forma reduzida (KH2) por meio da ação de duas redutases, completando assim o ciclo metabólico da vitamina K.Para que os fatores de coagulação II, VII, IX, X, proteínas C e S se tornem biologicamente ativos, é crucial que ocorra a gama-carboxilação do ácido glutâmico presente nessas proteínas. Esse processo permite que elas se liguem aos fosfolipídios da superfície celular, promovendo e acelerando o mecanismo de coagulação sanguínea. A vitamina K na forma reduzida (KH2) desempenha um papel essencial como cofator nesse processo de carboxilação. Durante esse processo, a KH2 é oxidada a epóxi vitamina K e, posteriormente, é restaurada à forma reduzida (KH2) por meio da ação de duas redutases, completando assim seu ciclo metabólico.

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Os métodos laboratoriais convencionais utilizados para avaliar o status nutricional relacionado à vitamina K baseiam-se em testes funcionais, como o tempo de protrombina (TP) e outros testes de coagulação. Entretanto, é conhecido que o TP pode permanecer dentro da faixa considerada normal mesmo quando a concentração de protrombina no plasma diminui em até 50%. Portanto, o TP pode ser considerado um teste com baixa sensibilidade para detectar deficiências subclínicas.

A deficiência de vitamina K muitas vezes se manifesta por meio de sintomas hemorrágicos, já que a hemostasia normal depende de uma interação harmoniosa entre os vasos sanguíneos, os componentes celulares do sangue e as proteínas envolvidas na coagulação. Estados deficientes, caracterizados por hipoprotrombinemia, podem resultar no prolongamento do TP e estão correlacionados a um maior risco de sangramentos.

Em resumo, a vitamina K desempenha um papel essencial na coagulação sanguínea, sendo fundamental para a ativação de vários fatores de coagulação. Uma deficiência pode levar a problemas de coagulação e aumentar o risco de sangramentos. A correta interpretação dos resultados deve ser considerada, principalmente, a história clínica do paciente, alguns já fazem uso de alguns anticoagulantes prolongando o TP, isso pode ocorrer em situações como a ingestão da varfarina que inibe a ação das duas redutases, reduzindo a quantidade de vitamina KH2 disponível, limitando o processo de carboxilação.

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Referências

VARFARINA, Anticoagulante. Vitamina K: Metabolismo, Fontes e Interação com o. Rev Bras Reumatol, 2006.

GUERRA, C. C. C. et al. Coagulação e anticoagulantes. MAFFEI, FHA, LASTÓRIA, S., YOSHIDA, WB, ROLLO. Doenças vasculares periféricas,1995.

DÔRES, Sílvia Maria Custódio das; PAIVA, Sergio Alberto Rupp de; CAMPANA, Alvaro Oscar. Vitamina K: metabolismo e nutrição. Revista de Nutrição, 2001.