Cristais Verdes da Morte

Cristais Verdes da Morte e sua Importância Clínica

O hemograma é um exame fundamental na rotina hospitalar, fornecendo informações valiosas sobre a saúde do paciente. Embora os métodos automatizados tenham simplificado sua realização, ainda é necessário realizar esfregaços sanguíneos para análise morfológica e obtenção de resultados precisos. Entre os achados raros e graves que podem ser observados nesses esfregaços, estão os cristais verdes da morte, também conhecidos como grânulos verdes em neutrófilos.

Descrição dos Cristais Verdes da Morte

Os cristais da morte foram descritos pela primeira vez em 2009 como inclusões azul-esverdeadas brilhantes presentes no citoplasma de neutrófilos. Esses cristais se formam devido ao desgaste das células do fígado, resultando na liberação de um pigmento chamado lipofuscina rico em gordura na corrente sanguínea. Os neutrófilos e ou monócitos fagocitam e armazenam esse pigmento em seu citoplasma, tornando os cristais visíveis ao realizar o esfregaço sanguíneo e a coloração da lâmina.

Cristais Verdes da Morte

Relevância Clínica:

A presença dos cristais verdes da morte no sangue periférico está fortemente correlacionada a condições graves, como insuficiência hepática aguda e acidose lática. Estudos mostraram que esses achados estão associados a taxas elevadas de morbidade e mortalidade. Durante a pandemia de COVID-19, os cristais verdes da morte também foram observados em pacientes afetados pelo SARS-CoV, indicando um prognóstico mais desfavorável.

Estudos e Descobertas Recentes:

Pesquisas científicas têm demonstrado a importância dos cristais verdes da morte como marcadores prognósticos em pacientes hospitalizados. Um estudo publicado no PubMed Central revelou que indivíduos que apresentaram a presença desses cristais tiveram desfechos fatais em um período de 24 a 72 horas. Isso ressalta a necessidade de os profissionais de saúde identificarem e comunicarem esses achados nos laudos dos exames hematológicos realizados em ambientes laboratoriais. 

Outro artigo publicado na revista Hematology, Transfusion and Cell Therapy enfatizou a importância clínica dos grânulos verdes em neutrófilos. Ele destacou que a presença desses grânulos está associada a uma alta taxa de mortalidade em pacientes criticamente enfermos. A identificação precoce desses achados pode permitir uma intervenção rápida e adequada para melhorar o prognóstico desses pacientes. 

Conclusão:

Os cristais verdes da morte em neutrófilos e ou monócitos são achados clínicos raros, porém graves, que estão altamente correlacionados com morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados. Sua presença indica a necessidade de atenção e cuidados médicos intensivos. A identificação e comunicação desses achados nos exames hematológicos são essenciais para fornecer informações relevantes e auxiliar no planejamento adequado do tratamento. Mais pesquisas e  estudos são necessários para entender completamente o significado clínico desses cristais e desenvolver estratégias terapêuticas mais eficazes.

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Referências: 

PubMed Central (PMC). (2019). “Article Title.” Journal Name, Volume(Issue), Page Range. Disponível em: [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6552944/](https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6552944/). Acesso em: 11 de julho de 2023.

HTCT. (2020). ” GRÂNULOS VERDES EM NEUTRÓFILOS: QUAL O SIGNIFICADO CLÍNICO DA PRESENÇA DOS GRÂNULOS DA MORTE?.” Hematology, transfusion and cell therapy 42(S2), 433-434. Disponível em: [http://www.htct.com.br/en-granulos-verdes-em-neutrofilos-qual-articulo-S2531137920310142](http://www.htct.com.br/en-granulos-verdes-em-neutrofilos-qual-articulo-S2531137920310142). Acesso em: 11 de julho de 2023.

Soos MP, et al. Blue-green neutrophilic inclusion bodies in the critically ill patient. Clinical Case Reports. 2019 may;7(6):1249-1252. DOI:10.1002/ccr3.2196. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7283650/pdf/BJH-190-e89.pdf