Estresse Oxidativo

Estresse Oxidativo: Biomarcadores

O estresse oxidativo, resultante do desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e a capacidade do organismo de neutralizá-las, desempenha um papel em diversas condições patológicas, incluindo doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e câncer. O entendimento dessas complexas interações é fundamental, e os biomarcadores de estresse oxidativo emergem como ferramentas valiosas para avaliar esse fenômeno intracelular.

Estresse Oxidativo

O Que São Biomarcadores?

Biomarcadores, também conhecidos como marcadores biológicos, são medidas objetivas que podem ser usadas para avaliar processos biológicos normais, processos patológicos ou respostas a intervenções terapêuticas. Essas medidas podem ser características moleculares, celulares, bioquímicas, fisiológicas ou anatômicas que indicam a presença ou o estado de uma condição específica.

O Que é Estresse Oxidativo? 

O estresse oxidativo é um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e a capacidade do organismo de neutralizar ou reparar os danos resultantes. Essas espécies reativas de oxigênio incluem radicais livres e peróxidos, que são produtos naturais do metabolismo celular. No entanto, quando produzidos em excesso ou quando os mecanismos de defesa antioxidantes do corpo são inadequados, ocorre o estresse oxidativo.

Os radicais livres são átomos ou moléculas que possuem elétrons não emparelhados, tornando-os altamente reativos. Eles podem interagir com diferentes moléculas no corpo, como proteínas, lipídios e ácidos nucleicos, causando danos às células. Embora os radicais livres tenham funções normais em processos biológicos, o excesso de produção pode levar a efeitos prejudiciais.

Biomarcadores de Estresse Oxidativo:

1. Malondialdeído (MDA):

O MDA é um produto da peroxidação lipídica, refletindo danos às membranas celulares. Sua dosagem fornece insights sobre a extensão do estresse oxidativo nos lipídios.

2. Espécies Reativas de Nitrogênio (RNS):

Compostos como o peroxinitrito e a nitrotirosina são indicadores de estresse oxidativo. O peroxinitrito, em particular, está envolvido em processos inflamatórios.

3. Glutationa (GSH):

O GSH é um antioxidante celular primário. A análise dos níveis de GSH fornece uma visão direta da capacidade antioxidante intracelular.

4. Proteínas Carboniladas:

A carbonilação de proteínas é uma modificação oxidativa. Medir a presença de proteínas carboniladas oferece informações sobre danos proteicos.

5. 8-hidroxi-2′-desoxiguanosina (8-OHdG):

É um marcador de dano ao DNA por espécies reativas de oxigênio. Sua mensuração é crucial para avaliar o impacto do estresse oxidativo na integridade genômica.

6. F2-Isoprostanos:

São produtos da peroxidação lipídica específicos e estáveis, proporcionando uma visão direta do dano oxidativo aos lipídios.

7. Enzimas Antioxidantes:

A atividade de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD), catalase e glutationa peroxidase, reflete a resposta antioxidante do organismo.

8. Ácido Úrico:

O ácido úrico, além de sua função na gota, atua como antioxidante. Seus níveis podem indicar a capacidade antioxidante total.

9. Citocinas Pró-Inflamatórias:

Citoquinas como IL-6 e TNF-α estão associadas a processos inflamatórios, que, por sua vez, podem induzir estresse oxidativo.

10. Heme Oxigenase-1 (HO-1):

Esta enzima desempenha um papel chave na proteção contra o estresse oxidativo. A avaliação de sua expressão reflete a resposta adaptativa das células.

A avaliação desses biomarcadores não apenas fornece uma janela para os processos moleculares associados ao estresse oxidativo, mas também é crucial para a identificação precoce de desequilíbrios que podem levar a condições patológicas. A integração desses marcadores em estudos clínicos oferece perspectivas valiosas para a compreensão e o manejo de condições relacionadas ao estresse oxidativo.

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Referências:

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