Malária

Malária: Aspectos clínicos e diagnóstico

A malária é uma das doenças parasitárias mais prevalentes e mortais no mundo, causada por protozoários do gênero Plasmodium. Ela afeta milhões de pessoas anualmente e representa um desafio significativo para a saúde pública global. Neste artigo, examinaremos em detalhes os aspectos clínicos da malária, suas manifestações, bem como as técnicas de diagnóstico cruciais para o tratamento oportuno e eficaz.

malária

Transmissão da malária 

A malária é causada quando a fêmea do mosquito do gênero Anopheles pica um indivíduo e o infecta com um ou mais tipos de protozoários do gênero Plasmodium. Além disso, o mosquito Anopheles é conhecido por diversos nomes, como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda, e costuma ser mais ativo no entardecer e ao amanhecer. Importante destacar que somente as fêmeas do mosquito Anopheles têm a capacidade de transmitir a malária. Além disso, em casos mais raros, a doença pode ser transmitida de outras maneiras, como por transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão de mãe para filho durante a gestação.

Ciclo de vida do parasita

  1. Mosquito fêmea pica uma pessoa e injeta nela a forma de esporozoítos. 
  2. Os esporozoítos na corrente sanguínea vão até o fígado onde se multiplicam. 
  3. Esporozoítos se transformam em esquizontes que se rompem e liberam os merozítos na corrente sanguínea. 
  4. Merozoítos na corrente sanguínea invadem as hemácias e se transformam em trofozoítos e em seguida em esquizontes (ciclo assexuado). 
  5. Alguns trofozoítos dentro das hemácias evoluem de forma diferente, resultando em gametócitos. 
  6. O mosquito fêmea do gênero Anopheles pica uma pessoa contaminada e ingere as formas gametocíticas do parasita. 
  7. No intestino do mosquito ocorre a diferenciação de macrogametas e microgametas e a fecundação (ciclo sexuado). 
  8. Ocorre a formação de zigoto -> oocineto -> oocisto -> liberação de esporozoítos, estes migram para a glândula salivar do mosquito e o ciclo se reinicia. 

Sinais e sintomas da malária

A malária pode apresentar uma série de sintomas, sendo os mais comuns:

  • Febre alta.
  • Calafrios.
  • Tremores.
  • Sudorese.
  • Dor de cabeça, que tende a ocorrer de maneira cíclica.

O sinal característico da doença é a febre periódica, chamada de febre terçã ou quartã. Antes da manifestação desses sintomas característicos, muitas pessoas podem sentir náuseas, vômitos, cansaço e perda de apetite. Além disso, a malária grave pode acarretar diversas complicações clínicas, incluindo o comprometimento do sistema nervoso central, anemia severa, insuficiência renal, disfunção pulmonar, choque, coagulação intravascular disseminada, hipoglicemia, acidose metabólica e disfunção hepática.

Exames laboratoriais 

O exame padrão ouro para a malária é a gota espessa, no entanto, existem também testes sorológicos e de biologia molecular (ainda em estudo) que auxiliam para o diagnosticar a patologia. 

Achados microscópicos na malária

Falciparum 

Vivax

Malarie

A malária continua a ser uma preocupação de saúde global significativa, com seu impacto mais severo em regiões tropicais e subtropicais. Compreender os aspectos clínicos da doença, como os sintomas iniciais, o ciclo de febre e as complicações potenciais, é fundamental para a identificação e tratamento precoces. Além disso, as técnicas de diagnóstico, incluindo exames de esfregaço sanguíneo, testes rápidos e biologia molecular, desempenham um papel crucial na abordagem eficaz da malária.

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Referências 

GOMES, Andréia Patrícia et al. Malária grave por Plasmodium falciparum. Revista brasileira de terapia intensiva, v. 23, p. 358-369, 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Malária. 2019.