Hemograma na Mononucleose
A mononucleose, conhecida como “doença do beijo”, é uma infecção viral causada pelo vírus Epstein-Barr, que afeta os linfócitos B e células epiteliais da garganta. Essa doença afeta principalmente indivíduos entre 15 e 25 anos, especialmente durante períodos festivos, como o carnaval, porém pode estar presente em crianças. Neste artigo, vamos explorar as alterações detectadas no hemograma de pessoas com mononucleose.
Como a mononucleose é transmitida?
A mononucleose é uma doença infecciosa que pode ser contraída principalmente por meio do contato com saliva principalmente durante o beijo. Embora o beijo seja a forma mais comum de transmissão, estudos indicam a possibilidade rara de contrair a mononucleose por meio de transfusões sanguíneas e relações sexuais.
Quais são os sintomas da mononucleose?
O vírus Epstein-Barr infecta os linfócitos B e epiteliais da orofaringe e nasofaringe, resultando em sintomas como dor de garganta, febre, aumento do baço, faringite, hepatite e aumento dos gânglios linfáticos. É importante ressaltar que a doença pode ser assintomática em alguns casos.
Quais alterações são encontradas no hemograma da mononucleose?
O hemograma de pacientes com mononucleose geralmente revela leucocitose, com um aumento na quantidade de linfócitos (>50%). Mais de 10% desses linfócitos podem ser linfócitos reativos. Além disso, é possível encontrar quadros de neutrofilia e neutropenia, com presença de granulações grosseiras, corpos de Döhle e desvio à esquerda. Em alguns casos, pode ocorrer plaquetopenia. Embora rara, a anemia também pode ser identificada no eritrograma.
Morfologias presentes no hemograma da mononucleose
A presença de linfócitos reativos no esfregaço sanguíneo é uma característica marcante da mononucleose. Esses linfócitos reativos são maiores do que o normal, apresentando citoplasma pleomórfico, cromatina heterogênea, nucléolos podem ser visíveis e possivelmente hiperbasofilia.
Essa presença de linfócitos reativos ocorre devido à ativação dos linfócitos T, que combatem os linfócitos B infectados pelo vírus Epstein-Barr. Além disso, é possível observar linfócitos T-citotóxicos, que destroem os linfócitos B infectados, resultando em uma quantidade significativa de células apoptóticas no esfregaço sanguíneo. Outras alterações incluem a vacuolização, linfócitos granulares e plasmócitos. No contexto das hemácias, podem ser observadas aglutinação, policromasia e esferócitos no esfregaço sanguíneo.
O hemograma desempenha um papel essencial no diagnóstico da mononucleose, graças às suas características distintas. Os resultados obtidos, combinados com os sintomas, histórico clínico e sinais do paciente, auxiliam na identificação correta e no fornecimento do tratamento mais adequado para cada caso, porém vale lembrar que o hemograma apenas indica a hipótese, os testes sorológicos que entregam o diagnóstico.
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Referências
DE OLIVEIRA, Juliana Linhares et al. O vírus Epstein-Barr e a mononucleose infecciosa. Rev Bras Clin Med. São Paulo, v. 10, n. 6, p. 535-43, 2012.
Pachêco, B. de L. . (2021). CONDUTA DIAGNÓSTICA DA MONONUCLEOSE INFECCIOSA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 06. https://doi.org/10.51161/rems/2144